A presente exposição celebra a trajetória inspiradora do desembargador Agnano de Moura Monteiro Lopes, figura central na história do Judiciário paraense e referência no pioneirismo negro nos Tribunais de Justiça do Brasil.
A nomeação de Agnano de Moura Monteiro Lopes, em 1968, representou não apenas um marco jurídico, por ser o primeiro homem autodeclarado negro a presidir um Tribunal de Justiça no Brasil, mas também um avanço social e histórico num país marcado por profundas desigualdades raciais. Durante sua gestão, consolidou importantes conquistas institucionais, como a inauguração da primeira sede própria do TJPA e a criação do primeiro museu do Judiciário brasileiro.
A mostra também destaca aspectos humanos e afetivos da vida do magistrado, como seu casamento inter-racial em tempos de forte preconceito, sua relação com o esporte e sua dedicação à família.
Cada imagem, documento e objeto reunido neste espaço ecoa a resistência, o orgulho e a força de um homem cuja história transcende os limites da toga e dialoga diretamente com as lutas por representatividade e justiça no Brasil.