Capacitação ocorreu nos dias 16 e 17 de janeiro, no Anexo I do edifício-sede
Inovação em Contratações é o tema de uma oficina realizada pelo laboratório de inovação do Poder Judiciário do Pará, o Laboratório Pai D'égua, na última segunda, 16, e nesta terça-feira, 17, no anexo I ao prédio-sede do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). O objetivo é tentar encontrar soluções criativas e inovadoras para acelerar o processo de contratação, mantendo os requisitos legais.
Uma das atribuições do laboratório Pai D'égua é realizar oficinas com diversos setores do Tribunal para que, junto a servidores(as) e magistrados(as), possam chegar a soluções inovadoras para que o trabalho das áreas envolvidas consiga cada vez mais atender com mais qualidade os (as) usuários (as) finais da prestação jurisdicional.
“Desta vez nosso foco é na contratação, e temos um desafio, que é criar soluções inovadoras para que possamos acelerar o processo de contratação do tribunal, e o laboratório é o facilitador desta transformação no setor de contratações”, explica o juiz coordenador do Laboratório Pai D’égua, Charles Menezes Barros.
Voltada ao público interno, a oficina reúne servidores e servidoras da secretaria de Administração do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), vinculados à Coordenadoria de Convênios e Contratos, bem como pessoas que atuam em outros setores, como explica o juiz Charles Menezes Barros. ”É muito importante que em qualquer oficina tenhamos esta pluralidade, uma visão diversa do todo do problema e da solução. Convidamos nossos maiores demandantes, que são a Secretaria de Informática, a Secretaria de Planejamento, a Secretaria de Engenharia e Arquitetura, a Secretaria de Gestão de Pessoas, então temos servidores de todas essas secretarias conversando e tentando fazer com que nosso setor de contratações seja cada vez mais eficiente”, disse.
Ministrada pela coordenadora de Gestão Estratégica, Luciana Sá Fernandes e pelo assessor jurídico da Coordenadoria de Recursos Extraordinários e Especiais Marco Tulio Sampaio de Melo, a oficina aplica o método de design thinking, que possui vários passos. O primeiro é denominado imersão ou empatia, em que todos partem do desafio “Como melhorar a comunicação interna na SEAD?”, lançado durante a oficina.
“Nosso foco é a comunicação para melhorar a contratação e dividimos em três frentes. Uma entre eles mesmos, outra por unidades administrativas e outra por unidades judiciárias. A partir disso começamos a aplicar a metodologia, fizemos matriz CSD (Certezas, dúvidas e suposições) a partir do que eles trouxeram sobre o desafio e validamos isso com nosso público-alvo, porque o design thinking tem esta característica, sempre pensa na solução de um problema a partir do ponto de vista do usuário, não do nosso ponto de vista”, disse Luciana Sá Fernandes.
A partir da validação do público-alvo, inicia-se a segunda fase do design thinking, que é a redefinição do problema. Em seguida há a etapa de idealização, na qual é pensada a solução do problema, e aplicada a metodologia crazy eights, que consiste em esboçar oito ideias em oito minutos. Depois a melhor ideia é escolhida, para ser prototipada e testada junto ao público-alvo.
A coordenadora de Gestão Estratégica do TJPA, Luciana Sá Fernandes, considera que os métodos utilizados na oficina são formas de fazer com que o Judiciário acompanhe inovações já implementadas em outras organizações. “O Poder Judiciário usa metodologias mais tradicionais, e não raro são metodologias mais lentas, mais burocráticas. Ao usarmos o design thinking, que é um método usado na iniciativa privada, estamos tentando trazer essas novas metodologias para o Judiciário e não ficarmos para trás, termos metodologias inovadores e mais rapidamente prototipar e testá-las. Nossa expectativa é que possamos inovar e consigamos nosso intuito, que é acelerar o processo de contratação”, observa.