Mais um passo no reforço para a implantação da cultura de paz no Judiciário paraense foi dado nesta sexta-feira, 7, com a diplomação de 39 formandos em mediação e conciliação judicial. A cerimônia foi realizada através de videoconferência e presidida pela coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Dahil Paraense de Souza, e contou com a presença do desembargador Luiz Neto, que representou a presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA). Os novos mediadores e conciliadores estão habilitados a aplicar técnicas de negociação de conflitos e autocomposição no âmbito dos Centros Judiciários de Solução Conflitos e Cidadania (Cejuscs) do TJPA.
Em seu discurso, a desembargadora Dahil Paraense agradeceu o empenho dos novos mediadores e conciliadores e lembrou que, mais do que nunca, a atuação deles é de suma relevância para o Poder Judiciário, principalmente em um período de isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19. “Nestes últimos meses, todos nós tivemos que nos reinventar para lidar com as dificuldades impostas pela pandemia, pelo isolamento e pelo isolamento social, alguns pela perda de entes queridos. Durante esse período, toda a nossa equipe tem mantido intensa rotina para dar continuidade às ações e estratégias de ampliação da Política Nacional de Tratamento de Conflitos, dada a relevância do nosso trabalho, sempre buscando alternativas para driblar as adversidades e agora também buscando aperfeiçoar o uso de tecnologias para garantir a oferta de serviços à população”, considerou.
Na sequência, a desembargadora ressaltou que todo o trabalho desenvolvido no Nupemec só é possível graças ao comprometimento e altruísmo de todos os colaboradores, incluindo os próprios mediadores e conciliadores, “que tão generosamente doam seu trabalho e tempo para ajudar a construir uma justiça de fato mais justa”, destacou.
A coordenadora do Cejusc Varas de Família, juíza Eliane Figueiredo, também agradeceu em nome de todos os coordenadores dos Cejuscs do TJPA a atuação dos formandos. “Esse é um momento de muita alegria para todos nós porque é o dia que coroa um novo processo de qualificação e de entrega pessoal para que assim vocês sejam chamados mediadores judiciais”. Os mediadores e conciliadores formados iniciarão trabalho voluntariado em diversas Comarcas do Estado, por um período de 12 meses.
A conciliadora Eunice Mafra Ramos, durante a cerimônia, representou todos os colegas formandos em seu discurso. “É chegado o grande dia da certificação. Hoje podemos falar que estamos preparados para atuarmos como conciliadores e mediadores judiciais e a compor o banco de conciliadores e mediadores judiciais voluntários do CNJ. Estamos cientes que tudo o que vivemos foi só o começo dessa grande caminhada. Vale reforçar que para chegarmos aqui foi um grande trajeto de curso teórico-prático, com formação de conhecimento de práticas autocompositivas de conflito e sua aplicação no âmbito do Poder Judiciário”, explicou.