Cevid conversa com militares sobre apoio a denúncias
Uma das principais aliadas do Judiciário na Campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, a Polícia Militar criou um cadastro específico para receber chamadas com denúncias de farmácias e vai expandir a iniciativa aos comandos do interior do Estado. Essas informações foram prestadas durante reunião, na última quarta-feira, 22, entre representantes da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), e do Centro Integrado de Operações da PM (CIOP). A Campanha incentiva que mulheres denunciem casos de violência doméstica, mostrando um “X” desenhado na palma da mão ao balconista ou farmacêutico, que por sua vez acionará a Polícia.
A reunião, na sede do Comando Geral, em Belém, teve o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a Campanha Nacional Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, que visa facilitar a denúncia de mulheres vítimas durante o período de pandemia da Covid-19. Participaram do encontro a juíza auxiliar da Cevid, Reijjane de Oliveira, a servidora Riane Freitas, e oficiais do Comando Geral da Polícia Militar do Pará.
"A Coordenadoria está muito satisfeita com o resultado da reunião porque nós conseguimos esclarecer uma série de dúvidas que o Comando da PM ainda tinha em relação ao funcionamento da Campanha Sinal Vermelho. Todos os presentes ficaram muito sensibilizados com a questão e compreenderam a importância dessa campanha e a PM se comprometeu em expandir o tema para todos os Comandos do interior do Estado", destacou a magistrada, que participou da reunião virtualmente.
Campanha - A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com diversos órgãos e entidades nacionais, lançaram em junho a campanha "Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica". O objetivo da campanha é incentivar denúncias por meio de um símbolo: ao desenhar um “X” na mão e exibí-lo ao farmacêutico ou ao atendente de uma farmácia, a vítima poderá receber auxílio e acionar as autoridades.
A ação conta com a participação de quase 10 mil farmácias em todo o país, e é uma resposta conjunta de membros do Judiciário ao recente aumento nos registros de violência em meio à pandemia. Após a denúncia, os profissionais das farmácias seguem um protocolo para comunicar a polícia e ao acolhimento à vítima. Balconistas e farmacêuticos não são conduzidos à delegacia e nem, necessariamente, chamados a testemunhar.