Farmácias apoiam o Sinal Vermelho contra a violência doméstica
A Comarca de Garrafão do Norte deu um passo decisivo para a proteção das mulheres por meio da campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica. O juiz Cornélio José Holanda reuniu a equipe do Fórum, representantes de cinco farmácias locais e as Polícias Civil e Militar para deliberar sobre a finalidade e a importância da campanha. Na ocasião, os responsáveis pelas farmácias assinaram os Termos de Adesão e receberam materiais de divulgação e orientação sobre a campanha. A Polícia Militar e a Polícia Civil manifestaram o apoio operacional para o êxito da campanha.
A campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, lançada neste mês de junho pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem como foco ajudar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda nas farmácias do País. Com um “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou mesmo um batom, a vítima sinaliza que está em situação de violência. Com o nome e endereço da mulher em mãos, os farmaceuticos e atendentes das farmácias e drogarias que aderirem à campanha deverão ligar, imediatamente, para o 190 e reportar a situação. Balconistas e farmacêuticos não serão conduzidos à delegacia nem chamados a testemunhar.
No Pará, a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e as varas com competência na matéria de todas as Comarcas estão empenhada em estreitar os laços dessa parceria com as farmácias locais.
Em Garrafão do Norte, participaram da reunião, coordenada pelo juiz Cornélio José Holanda, o delegado de Polícia Civil, Heitor Soares Gonçalves; o sargento da Polícia Militar Edson Silva Nazaré, comandante do destacamento da PM de Garrafão do Norte; o sargento Antonio Wagner Gomes Farias, comandante do destacamento da PM de Nova Esperança do Piriá; Marcelo Rodrigues Silva, da Farmácia Matriz, localizada em Garrafão do Norte; Enilson Souza Rodrigues, da Farmácia Renascer, localizada em Nova Esperança do Piriá; Iguacy Aantonio Fernandes, da farmácia Farmacenter, de Garrafão do Norte; Manoel Barbosa Neto, responsável pelas Farmácias Real, em Garrafão do Norte e Nova Esperança do Piriá; e Olívia Rosieli Menezes Britp, da Farmácia Lucefarma, localizada em Garrafão do Norte.
No Brasil, o projeto já conta com a parceria de cerca de 10 mil farmácias e drogarias. Elas estão aptas a receber mulheres agredidas e a acionar as autoridades para a tomada de providências. No estado do Pará, existem 247 farmácias participantes, e desse total, 185 lojas são associadas à rede Abrafarma, que correspondem a todas as farmácias das redes Extrafarma, Globo e Pague Menos. O Conselho Regional de Farmácia (CRF) também atua na divulgação e no esclarecimento de dúvidas gerais.
Para o sucesso da campanha, é fundamental que mais estabelecimentos participem. Segundo a juíza auxiliar da Cevid, Reijjane Ferreira de Oliveira, a parceria das farmácias é uma maneira de contribuírem solidariamente para que mulheres possam denunciar agressões e fazer cessar a violência.
Para participar, as farmácias interessadas devem assinar digitalmente o termo de adesão da campanha. Em seguida, basta enviar o documento em formato de foto para o e-mail sinalvermelho@amb.com.br ou mensagem para o número (61) 98165-4974.
Após a formalização da parceria, a empresa voluntária assume o compromisso de oferecer treinamento aos seus funcionários, por meio de uma cartilha e de um tutorial disponibilizados pelo CNJ e pela AMB no site da campanha. Além disso, as farmácias terão que afixar o cartaz da campanha na loja para que as vítimas saibam que a unidade faz parte da ação.