Des. Manoel de Christo faleceu no último dia 12
A autobiografia de um magistrado e a sua longa trajetória de fé na Justiça compõem o livro de memórias do desembargador aposentado Manoel de Christo Alves Filho. Intitulada "Recortes do Passado de um Juiz na Amazônia", a venda da obra será revertida em benefício das crianças da comunidade do Aurá, atendida pelo projeto do Comitê de Ação Social e Cidadania do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA).
O autor, que morreu aos 92 anos, dedicou grande parte de sua vida à carreira de juiz. No livro, relata testemunhos de experiências cômicas, trágicas e esclarecedoras. A publicação tem preço de R$ 100,00 e as vendas estão sendo realizadas pelo WhatsApp 91 99131-0410. O depósito pode ser feito na conta poupança do Banpará 622390-7, agência 026. A conta poupança foi criada pelos próprios membros do Comitê, para uso exclusivo de ações sociais executadas pelo Comitê na comunidade do Aurá.
O livro é escrito em tom coloquial e faz o leitor participar de fatos relevantes da história das últimas décadas do Pará, vistos, descritos e narrados pela ótica de um observador atento, que não se exime, na maioria das vezes, de expor sua opinião pessoal sobre os acontecimentos.
Falecido no último dia 12, vítima da Covid-19, o desembargador Christo Alves nasceu em Curuçá, na região do Salgado, nordeste do Pará, em 30 de maio de 1927. Aos 11 anos de idade, veio estudar em Belém, onde concluiu o curso secundário e o de Direito, passando então, já bacharel, a exercer a judicância, a princípio como pretor (magistrado não concursado), depois como juiz de Direito e, posteriormente, como desembargador do TJPA. Na atividade judicante, percorreu todos os 144 municípios do Estado, de onde trouxe os preciosos registros do livro.
O livro, além do prefácio assinado pelo desembargador decano da Corte, Milton Augusto de Brito Nobre, é dividido em 25 capítulos e mais um capítulo extra, voltado para as recordações. "Acho mesmo que a vida e a obra de Christo Alves reveladas neste precioso livro, merecem, acima de tudo, uma reflexão afirmativa do que o grande Fernando Pessoa pergunta e responde nos significantes versos do poema Mar Português: 'Valeu a Pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena'.", destaca Milton Nobre no prefácio.