Desembargador do TJPA, o novo imortal assumirá a cadeira de n. 6
O desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior é o novo imortal da Academia Paraense de Letras do Estado do Pará. O magistrado foi eleito nesta quinta-feira, 19, em reunião dos acadêmicos, para ocupar a Cadeira de n. 6, a mesma que foi ocupada por seu pai, Leonam Gondim da Cruz, e preenchida posteriormente pela imortal Lucy Gorayeb Mourão. Leonam obteve expressiva votação, alcançando quase 90% dos votos.
Leonam da Cruz Júnior, que também integra a Acadêmica Paraense de Letras Jurídicas, recebeu a notícia bastante emocionado. “É indescritível. É impar. Será que a felicidade é impar? É claro que não! Meu pai foi e continua sendo absolutamente tudo pra mim. Eu venero meu pai por tudo que ele representou e representa; pelo seu valor moral e intelectual e, especialmente, pela sua humildade. Assumir essa cadeira de número 6 da APL é sentir meu pai ainda mais próximo de mim. É ter a certeza que estou seguindo seus conselhos e ensinamentos para ser uma pessoa do bem. No sentido figurado não morrerei nunca. Na verdade, o imortal, a rigor, jamais é esquecido. Será sempre lembrando em função de uma obra ou algo parecido que se relacione a cultura. Essa cadeira pertenceu, também, por último à cronista Lucy Gorayeb Mourão, com quem aprendi muito e sempre admirei. Fundou a Academia Literária Interiorana e a Academia Paraense de Jornalismo. Assim, estou muito feliz e realmente a felicidade não tem preço”.
O magistrado lançou em fevereiro deste ano “Sons do Coração”, obra que reúne 47 de seus diversos poemas, inspirados na sua relação com seus pais, nos bons exemplos que o cercam e que o cercaram, com a natureza, e também com a figura feminina. Em dezembro de 2019 o magistrado lançou o livro “Temas Jurídicos”, e trabalha em mais duas publicações, sendo uma delas de fábulas, sobre os animais e as crianças, e uma obra jurídica, que terá como tema a dosimetria da pena.
A Academia Paraense de Letras é a entidade literária máxima do Pará, fundada em 3 de maio de 1900 por Domingos Antônio Raiol, o Barão de Guajará. A entidade é uma das mais antigas do Brasil.