Publicação orienta comunidade escolar para prevenir violência
O projeto "Minha Escola, Meu Refúgio", da 1ª Vara de Crimes Contra Crianças e Adolescentes, criou um novo canal de comunicação com os profissionais de educação. Nesta quarta-feira, 5, lançou uma revista de história em quadrinhos que permitirá o acesso mais amplo de professores e demais profissionais que atuam nas escolas às noções sobre abuso e exploração sexual infantil.
Desenvolvida pela equipe multidisciplinar da Vara, a publicação orienta os profissionais de educação sobre como procederem ao perceber comportamentos estranhos em criança, como isolamento, tristeza, vergonha ou comportamento sexual inadequado. De acordo com a revista, a abordagem e a escuta devem se cercar de cuidados para não revitimizar a crianças.
Por meio da publicação, o projeto “Minha Escola, Meu Refúgio” sugere que seja formada uma equipe de professores e se escolha um deles para conversar com a criança e envolva alguém da família que desfrute da confiança dela. Depois de apurado e confirmado, o caso deve ser encaminhado pelos profissionais da escola ao Conselho Tutelar local.
As ações do projeto, idealizado pela juíza titular da Vara, Mônica Maciel Fonseca, começaram em 2014 com o intuito de capacitar a comunidade escolar para identificar crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. O projeto já realizou cerca de 60 visitas a escolas da rede pública de ensino.
Segundo a juíza Mônica Maciel, a revista com história em quadrinhos terá um papel fundamental no fortalecimento da rede de proteção de crianças e adolescentes, que tem a escola como porta de entrada, sobretudo, nos casos de violência sexual, que ocorrem, em sua maioria absoluta, no ambiente intrafamiliar, com consequências sérias na vida das vítimas.
“O material possui linguagem de fácil compreensão, com acesso facilitado pelas imagens em desenho, para o alcance de crianças, que poderão ser encorajadas a se proteger contra toda forma de violação de direitos”, disse a magistrada. A ideia é trabalhar, sobretudo, com prevenção de violência infanto-juvenil.
A juíza informa ainda que, além do formato virtual, está prevista uma versão impressa, a partir da cooperação técnica firmada pelo TJPA com o Instituto Liberta.
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