Estudo feito pela FGV revela confiança da sociedade no Judiciário
O Judiciário é o melhor avaliado, entre os três Poderes, pela sociedade, advogados e defensores públicos. O índice de confiança e aprovação é apontado pelo Estudo sobre a Imagem do Poder Judiciário, encomendado pelo Associação de Magistrados Brasileiros (AMB) à Fundação Getúlio Vargas (FGV) e lançado nesta semana. Na pesquisa, o Poder Judiciário é o único em que 52% dos brasileiros entrevistados disseram confiar.
Realizado no período de agosto de 2018 a outubro de 2019, a pesquisa ouviu mais de 2,5 mil pessoas, entre advogados, defensores públicos e sociedade. A Presidência da República é considerada confiável por 34% da população. Já o Congresso Nacional, por 19%.
No entanto, os tribunais superiores são enxergados com mais ressalvas pelos brasileiros. O Supremo Tribunal Federal é visto como não confiável por 57% das pessoas, e o Superior Tribunal de Justiça, por 54%.
Os defensores públicos são os maiores entusiastas da atuação dos Poderes: 35% deles consideram a atuação do Judiciário boa ou ótima (contra 22% dos advogados e 21% da sociedade em geral), 57% a avaliam regular (em comparação com 45% dos advogados e 41% da sociedade em geral), e 6% opinam que ela é ruim ou péssima (contra 32% dos advogados e 35% da sociedade em geral).
Por sua vez, o Executivo é visto como bom ou ótimo por 31% dos defensores públicos (em comparação com 16% dos advogados e da sociedade), regular por 44% (contra 43% dos advogados e 36% da população), e ruim ou péssimo por 23% (em comparação com 40% dos advogados e 46% da sociedade em geral).
Já o Legislativo é avaliado como bom ou ótimo por 26% dos defensores públicos (contra 7% dos advogados e 10% da sociedade), regular por 56% (em comparação com 41% dos advogados e 37% da população), e ruim ou péssimo por 17% (contra 52% dos advogados e 51% da sociedade em geral).
O desconhecimento em relação ao sistema Judiciário, inclusive, foi um dos fenômenos identificado na pesquisa: Apenas 21% conhecia o nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, e a proporção de pessoas que respondeu conhecer “bem” ou “mais ou menos” as entidades do sistema de Justiça ficou abaixo dos 50%.
Acesse aqui o estudo.