Diário lança whatsapp para o leitor
Pois fique sabendo que isso agora é uma realidade. Isso porque, a partir de hoje (16), o DIÁRIO vai entrar na moda do whatsapp. O número será disponibilizado aos leitores e a novidade vem com uma missão simples: aproximar o leitor da produção de pautas, como já vem ocorrendo em alguns dos mais respeitados jornais do país e o DIÁRIO não podia ficar de fora.
Com este canal o leitor poderá sugerir pautas e ajudar a fazer o jornal com a participação desse leitor que já interage com o jornal através dos telefones e e-mails da redação, que também permanecerão sendo outros canais de contato do leitor.
Epaminondas curtiu a novidade
Quem ficou feliz em saber do Whatsapp do DIÁRIO, foi o Epaminondas Gustavo, personagem interpretado pelo juiz de direito, Cláudio Rendeiro. É ele quem vai fazer as chamadas nas rádios pra todo mundo ficar sabendo da novidade. “Que tár, mas tô muito pávulo, já vou virar até jornalista com o ‘zap-zap’ do DIÁRIO DO PARÁ”, comemorou Epaminondas. Pra quem ainda não sabe de quem estamos falando, o Epaminondas virou “febre” entre os usuários do aplicativo, por ser um personagem que utiliza a linguagem típica do caboclo que mora no interior através de gravações em áudio que são compartilhados no whatsapp.
O que era para ser uma brincadeira acabou se transformando em um viral e o personagem é uma espécie de celebridade na rede. Seus áudios são compartilhados milhares de vezes, espalhando-se em um tempo recorde. Na redação, conversamos com o Dr. Cláudio Rendeiro, juiz de direito da vara de execução penal. De terno e gravata, quase que escondia o jeito extrovertido e espontâneo de ser, que já vem de berço.
Natural do município São Caetano de Odivelas, o juiz contou que se inspira nos familiares para imitar o sotaque na hora de encarnar o personagem. “Meu pai foi pescador, veio pra Belém, foi feirante no Ver-O-Peso e São Brás e me levou junto. É por isso que as criações do Epaminondas surgem com muita naturalidade. Porque eu sei como é a realidade do interior e essa forma caricata de falar e agir”, explicou.
Dr. Cláudio contou que o personagem já tem mais de 150 áudios gravados que esporadicamente ele disponibiliza em uma espécie de rádio que criou no whatsapp, através de um grupo “Fãs do Epaminondas”, que por restrição do aplicativo, só possibilita 50 participantes. Assim que os áudios são disponibilzados no grupo, os participantes rapidamente compartilham com os amigos e o sucesso com a repercussão é garantido.
O juiz Cláudio Rendeiro explicou que o personagem não foi criado agora. Epaminondas já foi personagem com presença confirmada em palestras que ele ministrava no interior, para explicar sobre Pena Alternativa, que na época fazia parte da sua área de atuação enquanto juiz. “Quando eu ia até as localidades ministrar as palestras à comunidade, eu percebia que às vezes eles não conseguiam compreender aquela linguagem formal e complexa do direito. Então, como eu sempre tive esse jeito informal de ser, tive a ideia do personagem, me ausentava do auditório, retornava no final da palestra vestido de pescador contando um exemplo do caso com um pouco de humor”.
Dr. Cláudio explicou que esse Epaminondas que existiu no ramo jurídico em meados de 2008, nada tem a ver com o viral do Whatsapp. Ele contou que até 21 de novembro do ano passado, o personagem tinha entrado no esquecimento. Foi quando, preso no trânsito estressante de Belém, no banco de trás do carro, resolveu fazer uma brincadeira com o filho e gravou o áudio mais famoso, onde ele interpreta um pai revoltado com o aplicativo, que havia virado um terrível vício do filho. O aúdio foi compartilhado no grupo da família e depois ultrapassou fronteiras através dos compartilhamentos. Um dos quatro filhos do Dr. Cláudio que mora em São Paulo, foi surpreendido com o áudio do pai, fazendo sucesso nos celulares dos amigos na faculdade.
No final da entrevista, Dr. Cláudio quis enfatizar um ponto que segundo ele, é muito importante nessa repercussão: “Eu quero deixar claro que os áudios que eu faço são nada mais, que uma forma de homenagear o lugar de onde vim e essa linguagem cultural que a cada dia se perde mais”, ressaltou.