Esse tipo de caso é julgado pela primeira vez no Pará
Teve início ontem na cidade de Cametá, sob a presidência do experiente juiz Matias Santana Dias, o julgamento de Rosivelson Souza Almeida, o "Passat"; Gleisson Araujo; Vitor Eduardo e José Orlando, acusados da morte do advogado Fábio Teles. É o primeiro julgamento no Estado do Pará em que sentam no banco dos réus acusados da morte de um advogado.
O julgamento vem sendo acompanhado pelo escritório do advogado Osvaldo Serrão, que destacou o advogado Marco Antônio Pina para acompanhar os trabalhos. Osvaldo Serrão advoga para o empresário José Maria Mendes, denunciado como mandante do crime, mas que não foi julgado devido ao fato de o criminalista haver recorrido ao Supremo Tribunal Federal da sentença de pronúncia.
Um grupo de advogados coordenados pelos advogados Alberto Campos e Eduardo Imbiriba de Castro, respectivamente vice-presidente e tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil (seção Pará), estão na cidade dos Romualdos acompanhando esse ato da justiça pública, realizado no fórum de Cametá.
O advogado Raul Fonseca Filho, presidente nacional da Comissão de Prerrogativas da OAB, se encontra na cidade, também para acompanhar os trabalhos e dar o apoio moral ao Ministério Público.
Atuam na tribuna de acusação a promotora de Cametá, Érica Almeida de Souza e o promotor Daniel Menezes Barros, especialmente convocado para atuar no caso devido sua desenvoltura profissional como orador.
Com 117 julgamentos pelo Tribunal do Júri, Daniel Barros perdeu apenas um, ou seja, somente um réu foi absolvido. Daí a razão de sua designação para o caso, que teve repercussão nacional.
Atuam como assistentes de acusação designados pela OAB-Pará os advogados Clodomir Araujo Júnior, Ivanilda Pontes e Rodrigo Pinho.
Na tribuna de defesa patrocinam a causa dos réus os advogados Carlos Alberto Barbosa Nogueira, Raimundo Célio e o defensor público Wálber Pantoja.
No primeiro dia do julgamento, que deve terminar somente na sexta-feira ou no sábado, devido ao fato de as partes terem arrolado 14 pessoas para deporem em plenário, foram ouvidas dez testemunhas. No rol de testemunhas de acusação, os delegados Eduardo Rollo, da Divisão de Homicídios e o delegado Délcio Santos, por terem participado das investigações.