Joelson negou ter assassinado professor, mas um depoimento foi decisivo para o júri
Foi condenado a 23 anos de prisão Joelson Alves de Mesquita, acusado de assassinar o professor do cursinho de vestibular Helio Norman. O julgamento ocorreu ontem e foi presidido pelo juiz Edmar Pereira, titular da 1ª Vara do Júri de Belém. Pela manhã, das três testemunhas convocadas pelo Ministério Público do Estado, apenas uma compareceu. Trata-se de Raimundo Cardoso de Oliveira Júnior, ex-funcionário do Curso Norman. O depoimento dele foi considerado imprescindível para acusação. O juiz precisou determinar que a testemunha fosse conduzida até o tribunal, o que atrasou o início do julgamento.
As outras testemunhas não foram localizadas e acabaram sendo dispensadas.
O réu também foi interrogado pela manhã. Ele negou a autoria do crime, mas confirmou ter comprado em dezembro de 1996 um revólver na Casas das Armas, em Belém, e que na emissão da Nota Fiscal foi informado o endereço dos irmãos Joel e Carlos Milhomem. Carlos seria o autor dos disparos que matou o professor e foi assassinado no Maranhão. No interrogatório, o réu ainda alegou que andava armado para se prevenir de assaltos, por que estaria trabalhando com compra e venda de jóias.
O laudo pericial anexado ao processo comprovou ser a mesma arma usada no crime a comprada pelo réu. Joelson disse ainda que estava em Macapá (AP) no dia do crime e que não embarcou com a arma por estar com a documentação pendente. Ele afirmou que deixou a arma com os irmãos Joel e Carlos Milhomen e que depois levariam a arma até ele, em Macapá.