Em nota, a Guamá Tratamento de Resíduos, empresa responsável pelo aterro de Marituba, informou que assim que a pista for totalmente desbloqueada o empreendimento volta a operar. A empresa disse também que atua no avanço das políticas públicas de saneamento e gestão de resíduos e entende que esse debate precisa ser ampliado em busca de qualidade de vida dos moradores de Marituba, Belém e Ananindeua.
A companhia ainda informou que está investindo mais de R$ 10,3 milhões nas medidas definidas diminuir os impactos a comunidade local.
Já a Prefeitura de Belém informou que retomou a coleta do lixo domiciliar no final da manhã deste sábado, após liberação do acesso ao aterro sanitário de Marituba e que a coleta nos mercados, feiras, hospitais e residências será feita em regime especial durante todo esse final de semana, inclusive na madrugada.
Por sua vez, a Prefeitura de Ananindeua disse que já retomou a coleta de lixo domiciliar e que durante o fim de semana e ao longo da semana que vem, vai fazer um mutirão para regularizar o serviço em todo o município.
Por fim, a Prefeitura de Marituba afirmou que está retomando o serviço de coleta do lixo, e que montou uma força-tarefa até regularizar esse serviço em todo o município.
Lixo
A principal reclamação dos manifestantes é com relação aos problemas de saúde que o aterro sanitário tem causado. Segundo os moradores, o governo havia prometido atendimento médico e o cumprimento de 20 medidas ambientais para solucionar a questão, mas até o momento nenhum prazo foi dado e nem os problemas resolvidos.
De acordo a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), já houve um diálogo com a comunidade e lideranças, em que foram pontuadas as questões que envolvem saúde. "Então, é o momento da gente verificar juntamente com a comunidade o que realmente está acontecendo, quais desses itens não foram cumpridos, até porque o Estado vem pontuando com eles e constantemente está em campo", afirmou Thales Belo, secretário adjunto da Semas.
"A gente vai ter que conversar com as autoridades municipais para poder verificar qual atuação imediata, ou seja, o que que o Estado, o que que os municípios precisam fazer para que a população não tenha esse retorno negativo", disse ainda o secretário.