O evento foi realizado no Batalhão Ambiental da Polícia Militar e reuniu policiais militares do comando especializado
Nesta manhã, policiais militares puderam compreender melhor a necessidade e modo de proceder diante de ocorrências que envolvam violência doméstica. A juíza auxiliar da Coordenadoria Estadual da Mulher Vítima da Violência, Reijjane Oliveira, abriu a palestra que explorou a Lei Maria da Penha. O evento foi realizado no Batalhão Ambiental da Polícia Militar e reuniu policiais militares do comando especializado; missões especiais; além de policiamento da capital e da região metropolitana. A programação foi promovida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA).
Para a magistrada, a capacitação dos PMs é uma das etapas mais estratégicas no combate à violência contra a mulher. 'É muito importante que a Polícia Militar esteja bem capacitada para fazer o atendimento da mulher vítima de violência doméstica, porque, em geral, é o primeiro agente do Estado a ter contato com a vítima', explica.
A juíza ressalta a necessidade de um atendimento mais humanizado. “A agressão de uma mulher se dá em um contexto bastante diferente de outro tipo de violência. Uma violência ocorrida num estádio de futebol ou num bar ou numa festa não é a mesma violência que ocorre no âmbito familiar. Dentro da sua casa, que é o lugar onde ela deveria estar protegida, segura, e é ali que ela está sofrendo aquela agressão. Então quando a polícia chega para fazer o atendimento, se o policial não tiver o conhecimento da Lei Maria da Penha e todo o sistema que envolve a lei, ele pode não fazer um trabalho que dê efetividade”.
A tenente coronel Elis Ramos adiantou que a capacitação deve se tornar contínua, por meio da assinatura de um termo de cooperação. “Muitas das vezes, alguns de nós entendemos que a violência contra a mulher é somente a violência física. Agora a gente sabe que não é só isso e que existem outras nuances da lei', relata.
O policial militar Iran Costa acompanhou a palestra e disse que vai aplicar as informações na sua rotina de trabalho. 'O serviço agora fica mais eficaz porque é uma situação que nós temos sempre. Todo dia um policial atende uma ocorrência de um fato dessa natureza, em que muitas das vezes, a mulher não quer proceder'.