Doméstica acusada de homicídio vai a júri
A doméstica Maria Paula Lima Cardoso, 67 anos, irá a júri popular e responderá pela morte e ocultação de cadáver da idosa Helena Assunção Rocha, de mais de 80 anos. A decisão foi do juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, presidente do 2º Tribunal do Júri de Belém, que concluiu em audiência de instrução realizada nesta quarta-feira (08).
O promotor de justiça Edson Souza, que atua no caso, se manifestou no final da audiência pelo deferimento do pedido de revogação da prisão formulado pelo advogado Paulo Sérgio Pinheiro, que trabalha na defesa de Maria Paula Cardoso. Na sentença de pronúncia, o juiz decidiu revogar a decretação de prisão da doméstica, que ainda não estava presa.
À audiência compareceram seis testemunhas, sendo que cinco delas foram arroladas pela acusação. Uma segunda testemunha de defesa, que não foi localizada, foi dispensada pelo advogado da ré.
O médico legista, mesmo notificado, também não compareceu à audiência para prestar esclarecimentos técnicos sobre o laudo realizado no cadáver da idosa, encontrado mais de um mês após ser enterrado nos fundos do quintal de sua casa.
Ao ser interrogada, a ré, conhecida na rua Curuçá, bairro do Telégrafo, em Belém, como Mary, negou ter cometido o crime de homicídio e alegou que Helena Rocha teria passado mal ao ingerir uma dosagem excessiva de um medicamento fitoterápico, e caiu da escada, vindo a falecer. A acusada admitiu, no entanto, ter administrado o medicamento.
Mary assumiu ter cometido o crime de ocultação de cadáver e alegou ter sido "por medo" que resolveu colocar o corpo da senhora num saco, e dentro de uma carcaça velha de geladeira, deixando-o no quintal, junto ao muro.
Em seguida, chamou Paulo Sérgio, que costumava fazer capinação na rua, para cavar e enterrar a carcaça da geladeira, disse que no seu interior estaria o cadáver de um cachorro que ela gostava muito.
(Com informações do TJPA)