Otacílio Gonçalves teria participado de chacina em Belém em 2014.
A audiência do processo contra ex-policial Otacílio José Queiroz Gonçalves, o Cilinho, que estava agendada para a manhã desta quarta-feira (4) foi desmarcada. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado, o réu está preso no Centro de Recuperação Anastásio das Neves e não pode comparecer ao tribunal por motivo de saúde. O advogado do ex-policial, Omar Saré, também não compareceu as 10h30, quando a audiência estava marcada, e alegou que confundiu os horários.
Cilinho, que é cabo reformado da PM, é acusado de ter envolvimento no assassinato do jovem Eduardo Felipe glaucio Chaves, de 16 anos, morto no bairro da Terra Firme. Esta é a terceira vez que uma audiência do processo é adiada: em março o adiamento ocorreu pela ausência de uma testemunha, e no dia 5 de abril o réu não compareceu alegando problemas de saúde.
Uma nova audiência foi marcada para o dia 2 de junho. A juiza ângela Alice Alves Tuma determinou que a situação de saúde do réu seja verificada Superintendência do Sistema Penal (Susipe) para evitar que ele falte novamente.
Segundo a justiça, Cilinho é acusado de ter envolvimento com milícias e grupos de extermínio quie teriam promovido uma chacina em 2014 após a morte do policial militar Antônio Marcos da Silva Figueiredo, de 43 anos, que foi assassinado a tiros na noite no dia 4 de novembro daquele ano.
Após o assassinato do policial, outras 10 pessoas foram mortas em cinco bairros de Belém durante a noite e madrugada do dia 5. A décima vítima foi Allesson Carvalho, de 37 anos. Ele foi baleado no bairro da Terra Firme durante a chacina e, apesar de ter sido hospitalizado, não resistiu e morreu no Hospital Metropolitano no dia 6.