Acusados de integrar milícia que agia no Guamá, Cilinho e Canana foram absolvidos no julgamento do homicídio de Gleydson Gomes
O Tribunal do Júri absolveu ontem os réus Otacílio José Queiroz Gonçalves, o “Cilinho”, e Valdomiro Oliveira Barros, o “Canana”, apontados como líderes de um grupo de extermínio que agia no Guamá, foram absolvidos pelo homicídio de Gleydson Gomes. O crime ocorreu em 19 de janeiro de 2014, naquele bairro. A vítima foi fuzilada com 25 tiros. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado, a motivação foi vingança, pois, em 2009, a vítima teria lesionado com um disparo de arma de fogo o joelho do cabo Marcos Antônio Figueiredo, o Cabo Pet, já falecido. Porém, o promotor de justiça Edson Cardoso, que conduziu a acusação aos réus, pediu aos jurados que fossem absolvidos por falta de provas.
O terceiro réu do julgamento, Josias Siqueira Conceição, o “Olho de Vidro” ou “Galo Cego”, está foragido, mas a sentença também o beneficia. O juiz Edmar Pereira, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, que presidiu a sessão de julgamento, determinou a concessão de alvará de soltura após o anúncio da sentença, porém, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA) confirmou que Cilinho e Canana permanecerão presos porque têm ordem de prisão expedida em outros processos criminais que respondem. Somente Cilinho responde a cinco processos por homicídio em duas varas de tribunais de júri da capital paraense