Projeto quer padrinhos contra o trabalho infantil
O Pará tem 223 mil crianças e adolescentes em atividade trabalhista. A situação faz do Estado o campeão da região Norte no ranking nacional de exploração do trabalho infantil, com 55% dos casos registrados. A informação consta no balanço mais recente, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014.
O Norte aparece na 2ª posição entre as regiões brasileiras, atrás apenas do Sul. Diante disso, a Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT/8) deu início ao projeto Padrinho-Cidadão. A ideia é ocupar o tempo vago dos alunos de escolas públicas municipais e estaduais, na faixa etária de 7 a 17 anos. O Projeto apresenta ao voluntário o afilhado e a atividade que será desenvolvida, podendo ser com um ou mais alunos de escolas públicas. Dentre as atividades, estão aulas variadas que são realizadas conforme o tempo do padrinho.
PARCERIAS
Para reverter esse quadro de trabalho infantil no Pará, a Comissão realiza parcerias com instituições de ensino superior. Nesses locais, são realizadas palestras para apresentar o projeto, a fim de recrutar padrinhos, que podem ser estudantes de qualquer curso acadêmico. A juíza Maria Zuila lembra o artigo 227 da Constituição Federal, que trata da Proteção da Infância e da Adolescência, responsabilidade do Estado, da família e da sociedade. “Se um desses falha na sua atuação, compete aos demais assumir, contanto que esse público não fique sem a devida proteção”, pontua.
ABRACE A CAUSA
O Projeto Padrinho-Cidadão está recebendo acadêmicos e instituições de ensino superior que tenham interesse em colaborar contra a erradicação do trabalho infantil. O interessado deveir ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. O endereço fica na Trav. Dom Pedro I, nº 746, Umarizal. Informações: 4008-7280.
(Pryscila Soares/Diário do Pará)