Secretário pede denúncia sobre as filas nos bancos
LEI MUNICIPAL
Fim do pagamento de contas em farmácias aumenta
espera nas agências
O secretário municipal de Economia, Marco Aurélio Nascimento, recomendou ontem que a população denuncie à Secretaria Municipal de Economia (Secon) os casos de desrespeito à lei municipal que estabelece o tempo máximo de espera nas filas dos bancos: nos dias de pagamento e vésperas de feriado, o tempo de espera estimado é de 30 minutos. "O banco pode ser tanto advertido quanto receber uma multa", disse Marco Aurélio, cuja atribuição é fiscalizar o cumprimento da lei. Ontem, o expediente bancário nem havia começado, mas a fila que se formou na avenida Presidente Vargas, em Belém, ia até a metade do quarteirão, segundo informou o G1/Pará. Sem poder pagar as contas na rede de farmácias Big Ben, que suspendeu o serviço a partir de março, a solução foi procurar Correios e casas lotéricas, que também ficaram lotadas: até o atendimento que deveria ser prioritário foi lento, gerando críticas de idosos que não podiam esperar de pé pelo atendimento. As filas nas lotéricas e nos bancos aumentaram, infringindo as leis estadual e municipal que determinam o tempo máximo na fila.
Segundo o Sindicato dos Bancários, as leis não são cumpridas porque os bancos não contratam pessoal. "O número de atendentes nos caixas é muito reduzido. Isso é uma denúncia que a gente já fez ao Ministério Público e aos órgãos competentes, para que os bancos contratem mais bancários", afirma a presidente do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.
BIG BEN
Em nota, Leci Brito, gerente de marketing da Big Ben, explica que a parceria com a Big Serviços foi firmada em 1997 e depois o serviço expandiu-se ao Piauí, Maranhão e Amapá. Segundo a nota, a decisão de encerrar o Big Serviços se deu por questões comerciais, "que estrategicamente não é o foco do nosso negócio no segmento Farma". Segundo a empresa, o aumento do atendimento causou transtornos operacionais nos pontos de vendas onde os serviços eram oferecidos, relacionados à segurança e congestionamento de filas nas lojas, "chegando a ocasionar prejuízos financeiros em nossos negócios". A nota informa também que a diretoria da empresa avalia o retorno da prestação de serviços futuramente. "Em respeito à população fica registrado o nosso apelo para que as instituições responsáveis pelos serviços bancários, ofereçam estrutura necessária para atender as necessidade dos usuários".