Réu confesso está foragido tem decreto de prisão expedido
Jurados do 4ª Tribunal do Júri da Capital, sob a presidência do juiz Cláudio Lopes Rendeiro, votaram pela condenação de Julio Bernardino Cordido, 31 anos, soldador, por tentar matar Elinaldo Ramos Ferreira, 44 anos. comerciante.
A pena fixada ao réu de 12 anos de reclusão será cumprida em regime inicial fechado. Na sentença condenatória foi determinada a expedição de prisão do réu, que se encontra foragido em outro País.
A decisão acolheu a acusação sustentada pelo promotor de justiça Alexandre Manoel Lopes Rodrigues, que sustentou a acusação em desfavor do réu de ser autor de tentativa de homicídio qualificado, cuja pena prevista é de 06 anos a 30 anos, que pode ser reduzida de um terço a uma sexto por ter sido crime tentado.
Nas alegações da promotoria, o réu, ao contrário do que alegou na auto- defesa, tinha intenção de matar a vítima e não consumou o crime por circunstâncias alheias a sua vontade. E a circunstância alheia, conforme a promotoria, foi o fato da mulher da vítima ter gritado, e a vítima, mesmo baleada, correu e se jogou no chão refugiando-se atrás do veículo, que estava estacionado na sua garagem”, destaca o promotor do júri.
O réu, que está foragido, teve a defesa promovida pelo defensor público Alex Noronha, que requereu aos jurados votarem pela desclassificação do crime de tentativa de homicídio qualificado para lesão corporal grave, sendo rejeitada pelos jurados.
Foram ouvidas três testemunhas, uma delas, a própria vítima, que narrou como ocorreu o crime. Por volta das 3h da madrugada, o réu, alcoolizado bateu na casa da vítima lhe pedindo para socorrer sua mulher, que precisava ser levada para atendimento de emergência. O comerciante disse que naquele horário se preparava para trabalhar.
A vitima, que estava na área interna da casa, no pátio, ao retornar para o interior da casa, foi atingida por um primeiro disparo de arma de fogo no abdomen. No memso instante, quando a esposa da vítima começa a gritar, o réu efetua mais três disparos, errando o alvo.
Um irmão do comerciante que mora ao lado, socorreu a vítima, levando-o para um hospital de emergência. O réu fugiu e descartou a arma num terreno baldio. Ele foi preso pela Polícia ao chegar na casa dele.
O réu chegou a ficar preso por pouco mais oito meses e saiu do país, tendo sido localizado na Argentina. Em audiência de instrução do processo, gravada em vídeo, Júlio Bernardino confessou a autoria do crime.
Em interrogatório, o soldador disse que estava embriagado em que não tinha intenção de matar o vizinho. A arma usada no crime, alegou, foi herança do pai, que teria sido oficial do Exercido.
Conforme acusação com base no relatório do Inquérito, o crime ocorreu por volta das 3h do dia 08/01/2015, em frente a casa da vitima, na Rua Vasco da Gama, Bairro Murubuira, em Mosqueiro.