Caixa inaugura Barco-Agência
Foi inaugurada na manhã de ontem a Agência Barco Ilha do Marajó, da Caixa Econômica Federal. O lançamento contou com solenidade na Estação das Docas e a presença de diversas autoridades, como a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).
O barco atenderá por 20 dias as comunidades ribeirinhas dos municípios de Bagre, Curralinho, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista e Soure. O superintendente regional da Caixa Econômica no Norte, Evandro Narciso, explicou que esse é um momento único para o Estado: “Essa unidade itinerante móvel vai levar dignidade à população ribeirinha. Disponibilizando produtos e serviços bancários, além de lidar com benefícios como o Bolsa Família e Bolsa Defeso”.
A parceria com o Tribunal de Justiça do Estado leva também a esses municípios a “paz social e cidadania”, segundo a desembargadora Luzia Nadja Nascimento. Por parte do TJ-PA, serão prestados serviços como casamento, divórcio e demais processos cíveis.
Mas o destaque fica por parte do termo de cooperação firmado na cerimônia que estabelece a prestação de serviços do “Mulher, Viver sem Violência” na agência barco. Para a ministra Eleonora Menicucci, a lei Maria da Penha vai navegar: “Essa é a primeira vez que chega à população uma política integrada de vários ministérios. Aproveito o momento para pedir que seja feita a solicitação de uma Casa de Mulher Brasileira aqui no Pará. Já temos o terreno e queremos muito ajudar ainda mais o Estado”.
Ônibus
A SPM doou aos governos estaduais e consórcios de municípios no campo e na floresta 54 ônibus, dois por unidades da federação. A necessidade de barcos vem sendo frisada por diversas entidades. A vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri), Rita Serra, comemora: “A Amazônia precisava de unidades fluviais, principalmente o Marajó, que é muito visado por questões como o tráfico internacional de mulheres”.
Rita explicou que na cidade ainda é mais simples ir até a delegacia denunciar a violência, mas no campo esse acesso é difícil: “A integração tem sido uma marca muito importante. É preciso levar inclusão social a essas mulheres”.