Percepção Sistêmica no Judiciário é tema da qualificação
Qualificar servidores, magistrados e operadores do direito para entender o emocional envolvido no processo judiciário e pacificar as relações humanas que chegam a Justiça é objetivo do curso “Percepção Sistêmica no Judiciário Brasileiro” que inciou nesta quinta-feira, 25, na Faculdade Faci Devry. A Qualificação é fruto de uma parceria entre Tribunal de Justiça do Estado do Pará junto com a aquela Instituição de Ensino Superior . Nesse sentido, o TJPA é o primeiro Tribunal do Brasil a chancelar um curso de extensão universtária junto como uma Faculdade.
A desembargadora Dahil Paraense, coordenadora do Núcelo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos – NUPEMEC, presidiu a abertura do curso representando o presidente do TJPA, desembargador Ricardo ferreira Nunes. Em seu discurso ela afirmou que estava feliz pela parceria para qualificar novos disseminadores da cultura da pacificação entre os seres humanos. “ É um avanço e uma conquista capacitar pessoas para atuarem sistemicamente nas audiências, observando o emocional envolvido no litígio, e assim levar os litigantes a se perceberem e juntos construírem uma solução consensual”, destacou a magistrada.
A capacitação é ministrada pelo desembargador e corregedor do TRT 8ª Região, Walter Paro, que também é Constelador Sistêmico, e pela oficiala de Justiça Carmen Sisnando, doutoranda em Constelções Sistêmicas. O método da Constelação Sistêmica permite montar sistemas familiares, organizacionais e processuais a partir dos três princípios da ordem do amor criados pelo alemão Bert Hellinger: princípio do pertencimento, da hierarquia e do dar e receber. Se um desses princípios são quebrados causa desarmonia em qualquer sistema social.
Ainda durante a abertura do evento, o direitor geral da Faci Devry, Ismael Leite, destacou que a instituição estava honrada em ser escolhida, uma vez que a proposta da faculdade é contextualizar o ensino. “Queremos que a nossa instituição seja , através de estudos, fonte de resposta para problemas sociais. Não queremos ser apenas homologadores de diplomas. A Faci quer soluções para sociedade”, observou.
No curso, os 20 participantes, através do autoconhecimento, irão aprender quais as pessoas que realmente precisam estar no processo, bem como desconstruir padrões sociais impostos ao longo do tempo pela sociedade. Segundo Carmem Sisnando, “os conflitos emocionais de relacionamento fazem do processo judicial o caminho para as pessoas quantificarem sua dor, por isso a percepção sistêmica é importante, ou seja, olhar o todo e sentir o que está por trás do conflito. Olhar não só a pessoa mas o contexto que ela se encontra”, explicou. Estiveram presentes no evento o coordenador geral de pós-graduação, Mario Botelho, e o supervisor de relacionamento corporativos, Thiago Novaes, ambos daquela faculdade.