Otacílio José Queiroz Gonçalves, também conhecido como 'Cilinho', é um ex-policial militar acusado de ser integrante da milícia 'irmãos de farda' e ter envolvimento com uma série de execuções ocorridas nos bairros da Terra Firme e Guamá como retaliação à morte do cabo da PM, Marco Antônio Figueiredo, conhecido como 'Pet', em 2014. Ele vai a júri popular nesta terça-feira (21) no Fórum Criminal de Belém, sob a presidência da juíza Angela Alves Tuma.
'Cilinho' foi preso em fevereiro de 2015 e aguardava julgamento. A promotora de acusação será será Rosana Cordovil, que estará acompanhada de advogados do Cedeca/ Emaus. A defesa do réu será realizada pelos advogados Omar Saré e Antonio Tourão Pantoja.
O nome de Otacílio apareceu no relatório final da CPI das Milícias, instaurada na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), no final de 2014, após a sequência de execuções. O ex-PM foi afastado da polícia há 10 anos sob alegação de que sofria de esquizofrenia.
Além dele e do cabo 'Pet' estarem presentes nas descrições da CPI das Milícias como integrantes do núcleo do grupo de mililanos que age no Guamá, foram citados Josias Siqueira da Conceição, o 'Galo Cego', e Walmir Oliveira, o 'Cabo Oliveira'.
Segundo o relatório da CPI, 'Pet' e 'Cilinho' eram tidos como 'heróis' no bairro. De acordo com uma delegada que prestou depoimento à comissão, 'Cilinho' foi preso em 2003, mas foi logo liberado sob a alegação de ter problemas mentais. 'Ele matava simplesmente por se intitular justiceiro, como aquela pessoa que vai limpar a área', disse a policial à CPI.
PROTESTO
Movimentos sociais vão realizar um protesto na manhã desta terça-feira (21) em frente ao Fórum Criminal de Belém pedindo pela condenação do acusado. O ato está previsto para começar às 8h.
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