A ré Cleudiane Moura dos Santos, acusada de tramar o sequestro e morte da professora Maria Helena de Oliveira Godoy, em dezembro de 2015, continuará respondendo o processo criminal encarcerada. Na manhã desta segunda-feira, 16, os desembargadores integrantes das Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça do Pará, em sessão plenária, negaram o pedido de liberdade provisória, requerido através de habeas corpus impetrado pela defesa da ré. De acordo com o voto da relatora do recurso, desembargadora Vânia Lúcia da Silveira, a alegação de constrangimento ilegal pelo excesso de prazo não procede, estando o processo em tramitação regular.
Conforme o histórico do processo, Cleudiane, que é professora concursada da Prefeitura de Cumaru do Norte e era chefe de Maria Helena na Secretaria de Educação do referido Município, ficara sabendo que a vítima também atuava como pecuarista, e que tinha R$ 50 mil em sua conta, valor resultante da venda de cabeças de gado. Cleudiane teria planejado o sequestro juntamente com seu companheiro, Lourival Gomes dos Santos, e teria contado com a ajuda de Maurício de Oliveira Pereira, o qual forneceu sua conta bancária para a transferência do valor.
Mesmo com a transferência do dinheiro, a professora Maria Helena foi assassinada. O corpo da vítima foi encontrado em uma mata na estrada que liga as cidades de Conceição do Araguaia e Floresta do Araguaia, após as prisões dos acusados. Em uma semana de investigações, a Polícia Civil desvendou o caso e efetivou a prisão dos acusados. O processo tramita na Comarca de Redenção.
Concórdia do Pará – Ainda na sessão das Criminais Reunidas desta segunda-feira, 16, sob a relatoria do desembargador Mairton Carneiro, os magistrados negaram pedido de liberdade provisória requerido em favor do réu Leonardo Cezário da Silva. A alegação da defesa é de falta de fundamentação para a decretação de prisão preventiva, no entanto, o relator considerou estarem presentes nos autos processuais, os motivos ensejadores da preventiva, fundamentando a decretação da prisão na necessidade de manutenção da ordem pública.
Leonardo e vários outros réus foram denunciados pelo Ministério Público por suposta formação de quadrilha ou bando, acusados de integrar organização criminosa atuante em assaltos a agências bancárias no interior do Estado. Um desses crimes diz respeito ao assalto ocorrido na agência do Banpará do Município de Concórdia do Pará, quando seis pessoas encapuzadas e armadas invadiram a agência levando valores em dinheiro da instituição bancária e pertences de clientes e funcionários. Na fuga, levaram como reféns funcionários do banco em cima da carroceria de um veículo, e os libertaram no Km 04 da estrada que liga os Municípios de Concórdia e Mãe do Rio.