Político é acusado pelo MP de participação em esquema de corrupção
Por unanimidade de votos, os desembargadores integrantes das Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) negaram na última segunda-feira (28), em Belém, pedido feito pela defesa do vereador Maridé Gomes da Silva, que requereu a revogação da decisão que o afastou da função na Câmara Municipal de Parauapebas, no sudeste do Pará.
Segundo o TJPA, ao pedir o habeas corpus, a defesa do político alegou a inexistência de motivos para o afastamento dele do cargo. Porém, o entendimento dos desembargadores foi de que o afastamento do vereador era necessário para o resguardo da instrução criminal.
De acordo com as informações do processo, o Ministério Público do Pará (MPPA) denunciou o vereador, além de um empresário e o sobrinho deste, por envolvimento em um esquema de corrupção, em que o político seria o responsável pela articulação na Casa Legislativa. Ainda segundo o MP, o empresário pagava uma espécie de “mensalão” a alguns vereadores para beneficiar as suas empresas, além de outras por ele indicadas, em licitações firmadas com a Câmara Municipal de Parauapebas.
Na ação penal, o MP juntou várias provas, incluindo vídeos em que o vereador aparece recebendo valores em um veículo no estacionamento da Câmara. As prisões do empresário e o sobrinho dele, bem como as investigações sobre o suposto “mensalão”, decorreram da Operação Teia de Penélope, realizada pelo Ministério Público.