Os sobreviventes de um atropelamento ocorrido no Natal de 2010, na avenida Gentil Bittencourt, em Belém, prestaram depoimento nesta quinta-feira (24) durante o julgamento do proprietário de uma lanchonete, acusado de ter cometido o crime.
O crime aconteceu no Natal de 2010, por volta das 21h30, quando o réu José Roberto Dias Mendes conduzia um carro. Segundo a promotoria, o motorista dirigia a cerca de 130km/h e estava embriagado. O acusado atropelou seis pessoas que caminhavam pela avenida Gentil Bittencourt. Duas pessoas morreram, entre elas uma criança de apenas 3 anos de idade.
Martha Queiroz foi uma das sobreviventes e a primeira testemunha a depor.
“Ele está solto, levando a vida dele normalmente. Enquanto isso, nós estamos aqui com a perda dos familiares”, lamenta.
Elisson Tavares também foi atropelado, sofreu fraturas na bacia e escoriações pelo corpo. “A gente tentou correr, mas não deu tempo. O pessoal ficou falando sobre ele, tentaram tirar ele da viatura, mas saíram com ele de lá”, relembra.
Defesa
O advogado de defesa, Alexsandre Vasques , afirma que o atropelamento foi um acidente e contestou a versão da promotoria.
“A linha da defesa só é a desclassificação porque trata-se de um crime de trânsito e as qualificadoras que foram imputadas a ele, para tornar um crime qualificado, são incabíveis, de acordo com a legislação”, explica.
“Como é que uma pessoa embriagada sai de casa dirigindo um veículo em alta velocidade em uma via movimentada?”, questiona a promotora de Justiça Rosana Cordovil.
Após todas as testemunhas serem ouvidas, o réu será interrogado e, em seguida, haverá um debate entre defesa e acusação. A expectativa é que o julgamento se encerre ainda nesta quinta-feira.
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