Proibição
O acordo judicial permite o funcionamento de bares e similares depois das 22h, em Mosqueiro, desde que os proprietários respeitem o volume de som permitido no horário, os promotores de eventos e donos de casas de shows criticam a proibição de festas de aparelhagens na ilha. O impedimento novamente foi feito pelo Fórum Distrital, sob a justificativa de que nenhuma casa noturna possui o isolamento acústico necessário e ainda considera que as aparelhagens tocam em um volume acima de 60 decibéis – volume máximo permitido durante a noite. Os promotores de eventos começam a se mobilizar para derrubar a decisão judicial.
“As festas de aparelhagens estão inseridas na cultura do povo paraense. Proibi-las é ferir a nossa cultura”, considerou Derick Pompilho, promotor de eventos. “Estamos em contato com os nossos advogados e estudando as melhores saídas para o caso”, antecipou.
Com a nova proibição as festas juninas correm o risco de não serem realizadas em Mosqueiro, uma vez que a animação destes eventos é feito com aparelhagens – que inclusive, tocam as músicas que as quadrilhas dançam.
O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará também estuda uma estratégia legal para garantir que as festas de aparelhagens voltem a ser liberadas em Mosqueiro. “Uma parte expressiva da população não ficou satisfeita e nós, que representamos os empresários donos dos estabelecimentos, iremos restabelecer um novo diálogo para resolver esta situação”, frisou o assessor jurídico do SHRBS-PA, Fernando Soares.
Fernando ressaltou que o acordo judicial firmado durante a audiência pública realizada no último dia 23, em Mosqueiro, em momento proíbe a realização festas com aparelhagens, pelo contrário ajuda a regulamentá-las conforme a lei. “O TAC (Termo de Ajuste de Conduta) veta a poluição sonora e não a promoção de festas com aparelhagens”, pontuou.