Vítima havia combinado R$ 150 por programa, e foi morta por asfixia.
O Tribunal do Júri de Belém condenou na última quarta-feira (4) o ajudante de serviços gerais Juscelino Marques Ferreira, de 26 anos, acusado de matar Alessandra Bararua Cabral, de 29 anos, em uma boate de Belém em dezembro de 2014.
Alessandra foi morta na madrugada no dia 5 de dezembro de 2014, dentro de um dos quartos de uma boate localizada na avenida Pedro Alvares Cabral, no bairro da Sacramenta. De acordo com informações do processo, o casal havia antes combinado um programa pelo valor de R$ 150 e já no quarto, o réu passou a agredir a vítima, apertando o pescoço da mulher. Socorrida pelos seguranças e gerente do estabelecimento, que a levaram ao Pronto Socorro, ela não resistiu e morreu por asfixia mecânica.
Durante o julgamento, o acusando sustentou a versão de que a vítima tentou furtá-lo e que quando tentou reaver seus pertences, teria sido agredido pela mulher, com quem travou luta corporal. Ele alegou ainda que, ao seguir com a garota, pagou adiantado o valor do programa.
O gerente do estabelecimento e o taxista que conduziu a vítima até o hospital foram ouvidos no júri. Eles informaram que, após o crime, o réu também acompanhou no mesmo táxi a vítima ao Pronto Socorro, local onde foi preso, após a constatação da morte de Alessandra.
Os jurados acolheram tese do defensor público Alex Noronha e desclassificaram o crime de homicídio para lesão seguida de morte, com pena prevista de 4 a 12 anos de reclusão. Em sentença, o juiz Edmar Pereira condenou o réu por lesão corporal seguida de morte, que deverá cumprir uma pena de 11 anos de prisão em regime inicial fechado.