Itaituba: Assassino da esposa e sogra pediu para aguardar julgamento em liberdade
Acusado de um crime que chocou o município de Itaituba, Adevir Regelin continuará preso, por decisão das Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Em maio do ano passado, ele assassinou a esposa, Cynthia Maria Silva e Silva, e a sogra, Osmarina Alves Silva, no distrito de Moraes Almeida, em Itaituba. As duas mulheres foram mortas na residência em que moravam, com tiros de espingarda calibre 12.
A defesa do réu ingressou com habeas corpus liberatório com pedido de liminar, sob o argumento de que o juiz de primeiro grau deixou de fundamentar sua decisão pela prisão de Adevir, determinada na sentença de pronúncia. Ainda de acordo com as alegações da defesa, que tentava garantir a liberdade do acusado até o dia do julgamento pelo Tribunal do Júri, não houve testemunha que se revelasse estar sendo ameaçada pelo réu ou qualquer fato mostrando que ele estivesse subtraindo provas. Ou seja, sua liberdade não ofereceria risco à tramitação do processo.
O relator da matéria, julgada na manhã de ontem, juiz convocado Paulo Gomes Jussara Júnior, entendeu que as alegações da defesa não mereciam acolhimento, pois caso persistam os mesmos motivos da prisão preventiva, não se faz necessário proceder nova fundamentação durante a sentença de pronúncia. Jussara ressaltou que o decreto de prisão preventiva foi bem fundamentado na garantia da ordem pública. Ele ainda enfatizou que o crime foi cometido no seio familiar e revela a inequívoca periculosidade do acusado. Quanto às condições pessoais favoráveis do réu, o juiz observou que, por si só, elas não são suficientes para a garantia da liberdade.
Seguindo o parecer do Ministério Público, o relator negou o pedido de habeas corpus. O voto dele foi acompanhado pelos demais integrantes das Câmaras Criminais.