O juiz Enguellyes Torres de Lucena suspendeu as audiências do processo que apura a ação de um suposto grupo de extermínio, em Igarapé-Miri, nordeste do Pará, nesta terça-feira (8). A audiência de continuidade do caso será retomada apenas no próximo dia 08 de abril, no Fórum Criminal de Belém.
A decisão foi tomada porque uma testemunha de defesa de um dos 12 denunciados não compareceu, mesmo após notificação. A defesa do acusado insiste que depoimento seja ouvido. Assim, a testemunha será notificada de novo e se não comparecer será conduzido coercitivamente.
Nesta terça-feira (8), foram ouvidas cinco testemunhas. No total 10 testemunhas do Ministério Público do Estado já depuseram. Pela defesa dos denunciados, foram ouvidos 10 depoimentos num dia e outros 16 em outro dia.
O principal acusado é Aílson Santa Maria do Amaral, ex-prefeito do município, mas cassado em 2014. São 12 denunciados por 15 homicídios e 8 tentativas de assassinato, de acordo com o Tribunal de Justiça do Pará. Além do prefeito cassado, são acusados também outros políticos e policiais militares. Oito réus estão presos e quatro foragidos. Eles são acusados de crimes como fraudes em licitações e assassinatos.
Entenda o caso
Sete pessoas, entre políticos e policiais militares, foram presas no dia 14 de setembro de 2014, durante uma operação para desarticular grupos criminosos que atuam no município de Igarapé-Miri. Segundo a Polícia Civil, foram apreendidas drogas, armas de fogo e munição. No mesmo período, o prefeito e outros suspeitos de integrar o esquema foram soltos. A Justiça alegou que eles não ofereciam risco para as investigações.