Vítima foi morta por ter sido apontada como informante da polícia
O Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua, sob a presidência da juíza titular Cristina Collyer, julga nesta terça-feira, 24, o réu Clevyson Erick Sousa da Silva, acusado de envolvimento no assassinato da jovem Mayara da Silva Martins, 19 anos, em 2016. O corpo da vítima foi encontrado em 15 de julho daquele ano, em Águas Lindas. A vítima foi sequestrada e levada para as matas do parque ambiental do Utinga, onde foi torturada e morta a tiros.
Ele é um dos dez réus envolvidos no caso. Os demais recorreram na sentença de pronúncia. O caso também teve o envolvimento de adolescentes. Clevyson é acusado de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. associação criminosa e tortura.
A previsão é do depoimento de oito testemunhas, sendo cinco pelo Ministério Público do Pará, representado pelo promotor Arnaldo Azevedo, e três de defesa do acusado, que é feita pelo advogado Osvaldo Medeiros Neto.
A tortura e a execução de Mayara foram filmadas com um celular por um dos acusados e as imagens do crime foram compartilhadas nas mídias sociais na época. Mayara foi levada às proximidades das matas do parque do Utinga, quando encontrou os algozes. Ao chegar nesse local, a vítima foi surpreendida pelos criminosos que a obrigaram a entrar na mata e ali passaram a torturá-la até que a mataram com vários disparos. As investigações da Polícia Civil demostraram que Mayara foi morta por ter sido apontada como informante de policiais militares de ponto de tráfico de drogas.