Testemunha confirmou ter visto execução. Viúva relatou mudanças após a morte do professor Lucier Leal em 2012
Por: Redação ORM NewsEm 29 DE FEVEREIRO, 2016 - 17H08 - POLÍCIA
Deve sair por volta das 19h, a sentença do mototaxista Allan Franklin Ferreira Rego, 25 anos, acusado de conduzir e dar fuga ao assassino do professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Raimundo Lucier Marques Leal Junior, morto em 2012, em Belém. O mototaxista é submetido a júri popular desde a manhã desta segunda-feira (29).
Quatro testemunhas, incluindo a viúva da vítima, depuseram hoje. O professor foi assassinado em 2012, no bairro do Marco, quando saía de uma oficina mecânica. A primeira testemunha confirmou ter presenciado a execução e disse ter visto o atirador correr com a arma na mão e atirar contra o professor. O delegado Vicente Gomes, que atuou no caso, também foi ouvido.
A viúva do professor, Fátima Leal, disse que a morte do marido mudou radicalmente a vida dela e dos familiares. Fátima, que também é professora da UFPA, disse que precisou assumir todas as atribuições em casa e nunca mais pôde se atualizar profissionalmente. Ela ressaltou que a morte do marido lhe trouxe o estigma de mulher do engenheiro assassinado. A professora relatou ainda que parou de ser chamada para fazer palestras e dar consultorias.
O mototaxista disse em depoimento não saber que o executor identificado como Edmilson Ricardo Farias iria praticar um crime e nem que o homem estava armado. O réu confirmou ter ouvido os tiros disparados contra Lucier. Ele relatou ainda que após os disparos, Edmilson chegou com a arma na mão e disse: "eu matei um homem, me dá fuga".
O réu se defendeu alegando que foi contratado por Edmilson em Benevides para trazê-lo a Belém. Neste primeiro frete ocorrido na véspera do crime, Allan diz ter recebido R$ 20. No dia seguinte, o réu fez o mesmo serviço do dia anterior e disse ter esperado cerca de três horas pelo executor.