Réu foragido também foi condenado por corrupção de menores
Jurados do 4º Tribunal do Júri de Belém, presidido juiz Cláudio Henrique Rendeiro, não absolveram o Mateus Barbosa da Costa, de 21 anos, acusado de homicídio qualificado praticado contra eletricista Maurino Oliveira Paixão, de 30 anos, irmão de Moisés Paixão, desafeto do acusado.
Os jurados também votaram pela condenação do réu por crime de corrupção de menores por ter cometido o homicídio em parceria com Eliel Ferreira, menor de idade, à época do crime.
A pena aplicada pelo homicídio qualificado foi fixada em 16 anos, que somada em mais 02 anos e seis meses, pelo crime conexo de corrupção de menores, resultou em 18 anos e seis meses de prisão, para cumprir em regime inicial fechado.
A decisão acolheu a acusação sustentada pelo promotor do júri Alexandre Lopes Rodrigues, com base na testemunha ocular do crime, a mulher da vítima.
Em depoimento prestado no júri, Franciana Cardoso contou que estava na sala com o marido e filho quando teve a casa invadia pelos acusados. A jovem contou que inicialmente os invasores anunciaram um assalto e logo em seguida disseram que foram ao local para matá-lo. Após atingir a vítima com oito perfurações de bala, um dos atiradores teriam dito que tinha atingido a pessoa errada.
Reu não compareceu ao júri e foi intimado por edital. Um ano após o crime, o réu chegou a ficar preso mas conseguiu fugir e continua foragido.
A defesa do acusado foi promovida pelo defensor público Alex Mota Noronha, que argumentou haver dúvida na autoria do crime e que seria temerário condenar o réu só com base no depoimento da mulher da vítima, uma vez que o acusado não foi ouvido em juízo.
O crime ocorreu no interior da casa da vítima, por volta das 19h, do dia 15/08/2016, no Conjunto Eduardo Angelin.
Quatro horas antes do crime, Moisés Paixão, irmão da vítima se envolveu numa luta corporal com um dos invasores, por causa de uma jovem de nome Tatiana. Em seguida, Moisés chegou com seu irmão e pediu que lhe tirasse dali, em seu carro, por que fora ameçado. Na ocasião, Elielson avisou para Moisés que retornaria com sua gang para se vingar da surra que levou.