Julgamento ocorreu nesta srgunda-feira, 15, no Fórum Criminal de Belém
Jurados do 1º Tribunal do Júri de Belém, sob a presidência do juiz Murilo Lemos Simões, por maioria dos votos condenaram Samyr Costa Assunção, 34 anos, Marcelo Regis de Souza Aguiar, 28, e Wililayo Aleixo Pereira, 32, pelo crime de homicídio qualificado que vitimou Lian Cleber Araújo Nobre, 23, então presidente da torcida Remoçada. O julgamento ocorreu na última segunda-feira, 15, no Fórum Criminal de Belém.
Jurados também condenaram os três por tentativa de homicídio qualificado praticado contra Patrick Willian Costa Álvaro, condutor da motocicleta que levava Lian Nobre quando ele foi atingido no braço. Também foi reconhecido que os réus praticaram o crime de associação criminosa. Somadas, as penas fixadas pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa chegaram a 29 anos e dois meses de reclusão em regime fechado, para cada um dos réus.
Marcelo Regis Aguiar, que está preso envolvido em outro processo pela justiça do Ceará, vai continuar preso. Wililayo Aleixo Pereira, que respondia o processo em liberdade, compareceu ao júri e, ao final da sessão, teve a ordem de prisão decretada. Samyr Costa Assunção, que não compareceu, também está com a prisão decretada.
A decisão acolheu a acusação feita pelo promotor de justiça Gerson Daniel da Silveira em conjunto com a advogada criminalista Rosana Cordovil Corrêa dos Santos, promotora de justiça aposentada, e os advogados Francelino Neto e Olívio Nylander Brito Júnior, habilitados pela família das vítimas e que atuaram na assistência de acusação.
Rivalidade – Os advogados Michel Durans e Lucas Corrêa Nogueira atuaram pela defesa de Wiliayo Aleixo Pereira. Na defesa de Samyr Costa Assunção, atuou a advogada Juliana Borges Nunes, em conjunto com o advogado Jaime Carneiro Costa. Marcelo Regis de Souza Aguiar teve a defesa feita pelo defensor público Rafael da Costa Sarges.
A tese da defesa foi de negativa de autoria e de insuficiência de provas, requerendo aos jurados a absolvição do trio. O quarto envolvido na ação, identificado como Leonardo, morreu no curso do processo. Os réus integravam a extinta torcida Terror Bicolor.
Marcelo Regeis de Souza Aguiar e Wililayo Aleixo Pereira já tinham sido julgados e absolvidos por falta de provas, em sessão anterior, realizada em 15 de junho de 2022. Samyr estava com o processo separado por estar recorrendo da sentença de pronúncia, sendo somente agora submetido a júri.
Lian Cleber Araújo Nobre atuava na presidência da Torcida Organizada Remoçada (atualmente TOR). Ele foi assassinado quando saía da sede do grupo, na Avenida Duque de Caxias, bairro do Marco. O veículo dos réus emparelhou com a motocicleta dos torcedores adversários. O que estava no banco do carona do veículo abriu o vidro e efetuou vários disparos de arma de fogo. Lian foi atingido no abdômen e Patrick Álvaro sofreu ferimento no antebraço e teve rompimento de ligamentos, ficando sem movimentos.
O defensor público Rafael Sarges atuou na defesa de Marcelo Regis Aguiar, apontado como autor dos disparos contra as vítimas. O réu já foi julgado e condenado por duas tentativas de homicídios contra as vítimas Diogo Nascimento e Adailson Júnior Peçanha, que também eram integrantes da Remoçada. Marcelo não foi localizado e foi citado por edital. Wililayo Aleixo Pereira é acusado de ser o condutor do veículo marca Polo, cor preta, identificado pela vítima sobrevivente como o carro que emparelhou com a motocicleta.