Jurados acolhem tese acusatória em sua totalidade
Jurados do 4º Tribunal do Júri de Belém, sob a presidência do juiz Cláudio Henrique Lopes Rendeiro, condenaram nesta quinta-feira, 13, Israel Pacheco da Silva, 32 anos, por tentar matar Edson Cleiton Soares Ferreira, 25 anos à época, prestador de serviços gerais.
A pena fixada ao réu por homicídio qualificado tentado foi fixada em 12 anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado. Em razão do réu se encontrar na condição de foragido, o juiz presidente da sessão determinou a prisão para execução provisória da sentença condenatória.
A decisão acolheu o entendimento do promotor do Júri, Alexandre Manuel Lopes Rodrigues, de que o réu foi autor de homicídio qualificado, na forma tentada. Para a Promotoria as provas contidas no processo apontaram para o réu como autor dos disparos contra a vítima, atingindo braço e abdômen.
Na asistência do réu atuou o defensor público Alex Noronha, que sustentou a tese técnica de negativa de autoria, sendo rejeitada por maioria dos votos dos jurados.
O defensor considerou as decalraçãoes prestadas pelo réu durante a instrução do processo, em que negou a autoria do crime sob a alegação de que seria outra pessoa com o mesmo apelido “Cica”, já que asim é conhecido, ou “Cik”.
Compareceu para depor uma das testemunhas presenciais do crime, que confirmou a acusação. A mãe e a própria vítima não compareceram sendo lida pela Promotoria do júri as declarações prestadas no curso do processo.
Informações do Crime
O crime foi cometido por volta das 21h, do dia 28/01/2017, na Feirinha da Pratinha, Distrito de Icoaraci, em Belém. A vitima estava na banca de vendas de churrasquinho da mãe quando o acusado teria chegado e dito: "agora tu vai aprender a respeitar a cara de ladrão”, retirando o revolver da bermuda e efetuando os disparos contra a vitima.
O primiero disparo atingiu o ombro, tendo a vitima se levando com as mãso para cima e tentando se protejer, ocasião em que o réu fez o segundo disparo atingindo o abdômen de Edson Cleiton. A vítima foi socorrida por familiares e sobreviveu, mas ficando com sequelas, após cerca de seis meses em tratamento médico.
A motivação do crime se deu porque o acusado viu a vitima com uma bicicleta e exigiu que esta lhe emprestasse, no que foi atendido, porém, não devolveu o veículo. No dia seguinte, a vítima viu sua bicicleta com outra pessoa e conseguiu reavê-la, ocasião em que soube que o acusado tinha vendido por R$70, tendo este ficado furioso por ter a vítima dito para pessoa que havia comprado que ele tinha sido roubado.