Jurados votaram pela desclassificação de homicídio para lesão corporal
Após cinco horas de julgamento popular presidido pelo juiz Edmar Pereira, nesta quarta-feira, 08, jurados do 1º tribunal do júri de Belém votaram pela desclassificação do crime de tentativa de homicídio e condenaram por lesão corporal Marlos Bruno Martins Silva, 30 anos, praticado contra Edimilson de Freitas Chaves, 28 anos. A pena base de 07 anos por lesão corporal grave foi reduzida em um ano por ter o réu confessado o crime, sendo fixado em 6 anos de reclusão em regime inicial semi aberto.
Na sentença, o juiz manteve a prisão do condenado por estar cumprindo pena por outro crime, negando o direito de recorrer em liberdade da condenação, devendo iniciar a execução da pena.
A decisão acolheu tese sustentada pelo promotor de justiça José Rui Barbosa. O promotor considerou o fato do réu ter desistido do crime. Ele responde de acordo com sua culpabilidade, ou seja por lesão corporal. O entendimento foi acompanhado pelo defensor Alessandro Oliveiro, considerando as declarações do réu prestadas no interrogatório diante dos jurados.
A vítima compareceu ao júri e contou das facadas que levou e que tem sequelas permanentes. O depoente mostrou em plenário as marcas dos golpes desferidos pelo réu e pelo parceiro, que lhe causaram deformidades permanente, conforme atestou o laudo.
O motivo do crime foi para vingar a morte de um irmão adotivo do réu, que a vítima fora acusada de ser autor do assassinato. A vítima contou que um mês antes de sofrer as facadas foi submetido a júri popular e foi absolvido da acusação de homicídio por falta de provas. No depoiemnto prestado, ele reafirmou sua inocência desse homicídio.
No interrogatório, o réu confessou que participou do crime em conjunto com um amigo conhecido por Alex, que esta foragido. Marlos contou que no dia do crime estava em casa quando Alex lhe chamou e avisou que a vítima estava num salão de beleza da área, cortando o cabelo.
Ambos foram até o salão armados de faca e aplicaram as facadas na vítima. Conforme a versão do réu, Alex segurou a vítima pela camisa e lhe atingiu em várias partes do pescoço e do corpo.
O réu contou que chegou a desferir uma facada, mas, não continuou ao ver jorrar o sangue de Edmilson Chaves, desistindo do crime. Enquanto o parceiro continuou a aplicar mais facadas, até a vítima conseguir se desvencilhar o seu algoz e buscar socorro. A dupla fugiu do local e posteriormente o réu foi capturado no município de Salinópolis, enquanto Alex segue foragido.
O crime ocorreu por volta das 11h do dia 12/05/2015, numa travessa localizada na Rodovia Transmangueirão, Bairro Mangueirão.