Evento encerrou semana de mutirões do Nupemec e Juizados Especiais
Os cinco deveres dos cônjuges de fidelidade recíproca; vida em comum, no domicílio conjugal; mútua assistência; sustento, guarda e educação dos filhos; respeito e consideração mútuos, conforme prevê o artigo nº. 1.566, do Código Civil, foram lembrados pela juíza Margui Bittencourt, diretora do Fórum Cível de Belém, antes de iniciar o casamento comunitário de 79 casais, que selaram a união durante a cerimônia realizada no auditório Des. Agnano Monteiro Lopes, no Fórum Cível de Belém, no último sábado, 30.
Ao lado da coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Dahil Paraense; da juíza Ana Lúcia Lynch, coordenadora do Cejusc Casa de Justiça e Cidadania;e do Cartório Cidadão, Luziel Guedes, a juíza Margui Bittencourt lembrou o significado do casamento.
“O casamento é um formador de famílias que estarão sob as bênçãos do Direito e da Justiça. Conseguimos regularizar situações familiares já existentes e constitui novas famílias. A mensagem é que procurem se respeitar, se ajudar, a conciliar as obrigações familiares e que construam uma família de paz, de alegria e de entendimento”, afirmou a magistrada.
Após 22 anos de união, o casal Martinha Sousa Gomes e Brasiliano Oliveira Silva, resolveram oficializar a união que gerou cinco filhos. “A importância de estar casando hoje é o amor e era o meu sonho”, disse a aposentada. “O nosso casamento representa que eu amo demais a minha esposa. O amor é que importa para nós. Vinte e dois anos não são vinte e dois dias. Isso é o importante para nós hoje em dia, com os nossos filhos e netos”, completou o autônomo Brasiliano.
Os 33 anos de união foram celebrados com o casamento de Maria do Rosário Eleres e Domingos Ribeiro Costa. “O nosso casamento é muita satisfação para nós. Eu não arrumei um marido, arrumei um companheiro enviado por Deus. Desejava muito este momento e agora tivemos a oportunidade. Estou muito, muito, muito feliz”, afirmou a aposentada Rosário, que é deficiente, usa cadeira de rodas e teve cinco filhos do primeiro casamento. “Representa o que estava esperando em relação ao amor”, completou, emocionado, o autônomo Domingos.
De seis em seis, os casais foram chamados e após a entrada das noivas ao som da marcha nupcial, regida pela maestrina Márcia Alivert e cantada pelo Coral Desembargador Denival de Souza Nobre, cada um dos noivos confirmou estar de livre e espontânea vontade celebrando o casamento. Durante a troca de alianças, prestaram juras de amor e fidelidade e selaram a união com o beijo nupcial.
A desembargadora Dahil Paraense, coordenadora do Nupemec, disse que o casamento comunitário já faz parte do calendário do TJPA. “A nona edição do casamento comunitário encerra a semana de mutirões no Pará. Esta é mais uma ação em que o Judiciário vem aos jurisdicionados para ajudá-los a regularizar a situação deles. Muitos dos casais presentes já vivem juntos há muitos anos, outros ainda pretendem iniciar a vida em comum. Todos aproveitam esta oportunidade para realizar o sonho do casamento”, ressaltou.
Aos noivos, a desembargadora falou da importância de estarem cientes das responsabilidades e obrigações que assumiam. “Começam com respeito entre marido e mulher, e se estendem pela convivência dia a dia, que com os filhos, se tornam ainda mais importantes. É dever do casal, prover a casa, educar os filhos e respeitar um ao outro. Que este dia marque o começo de uma nova vida, repleta de amor e sonhos e que fortaleça ainda mais suas famílias”, desejou a magistrada.
Os casais não tiveram custos com o casamento e já saíram com suas certidões de casamento gratuitas ao final do evento. O Nupemec tem a parceria do Cartório do 2º Ofício Guedes de Oliveira, que tem um programa compromisso social chamado Cartório Cidadão, e emitiu as certidões gratuitamente, além de receber uma certificação do Núcleo pelo trabalho e parceria desenvolvidos ao longo das nove edições do casamento comunitário.