Costureira foi executada na frente das filhas gêmeas adolescentes
Jurados do 4º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Cláudio Henrique Rendeiro, votaram pela condenação de Ronaldo Costa Corrêa, 35 anos, acusado de executar com disparo de arma de fogo Nilza de Assis Teixeira, 47 anos, costureira. O crime foi cometido no ateliê da vítima, na presença das duas filhas, gêmeas, com 18 anos à época.
A pena aplicada ao réu de 20 anos de reclusão será cumprida em regime inicial fechado. Na sentença condenatória, o juiz fez a detração da pena, que é a redução do tempo que já passou na penitenciária.
O réu, que respondia a outro processo criminal preso, foi liberado pelo Sistema Penal por saída autorizada da justiça, em relação a outro crime. Em liberdade, o réu não foi mais localizado e nem compareceu aos chamados da justiça.
A condenação acolheu a tese sustentada pela promotora de justiça Ana Maria Magalhães de Carvalho, de que o réu foi autor de homicídio qualificado, cuja pena prevista é de 12 a 30 dia anos de prisão.
A defesa do réu, promovida pelo defensor público Alex Noronha, sustentou a tese de negativa de autoria ou a tese subsidiária de absolvição por insuficiência de provas, sendo a tese rejeitada.
O processo
Consta da acusação que a costureira estava separada do pai de suas gêmeas, iniciando um relacionamento com outra pessoa. Por esse motivo, passou a receber ameaças da antiga namorada. A costureira chegou a fazer o registro na delegacia local sobre as ameaças, informando os números de telefone de onde procediam as chamadas, mas a autora das ameaças fnunca foi investigada.
No dia do crime, por volta das 08h do dia 29/12/2008, a vítima abriu o ateliê, localizado na Praça do Conjunto Cordeiro de Farias, acompanhado das filhas gêmeas. Ronaldo Costa Corrêa chegou, reconhecido pelas filhas gêmeas posteriormente, perguntou quanto a profissional cobrava por uma jaqueta de mototaxista.
Após responder ao desconhecido, a costureira se voltou e continuou com a cliente que atendia, quando foi atingida por disparos de arma de fogo, morrendo a caminho do hospital. Após o crime, o réu fugiu, montado na garupa da motocicleta que o esperava.