Amante suspeito de ser parceiro no crime será julgado em outra sessão
Jurados do 3º Tribunal do júri de Belém, presididos pela juíza Ângela Alice Alves Tuma, condenaram Helena Silva dos Santos, 37 anos, diarista, acusado de co-autoria no homicídio praticado contra Pedro Ronaldo Baia Lobato, 45 anos, marido da ré.
Por maioria dos votos, os jurados acolheram parcialmente a acusação sustentada pelo promotor José Rui de Almeida Barbosa, de autoria de homicídio, rejeitando as qualificadoras.
A defesa da ré promovida pelo defensor público Rafael Sarges sustentou a tese de negativa de autoria que foi rejeitada, sendo acolhida a exclusão de qualificadora o que implicou numa pena menor.
Com base no resultado da votação, a presidente da sessão dosou a pena da diarista em 7 anos de reclusão para ser cumprida em regime inicial semiaberto. Devido Maria helena ter respondido em liberdade, a juíza concedeu a ré o direito apelar da condenação em liberdade.
Conforme acusação Pedro Ronaldo desapareceu por volta das 12h, do dia 24/01/2008, após ir ao banco para retirar sua indenização trabalhista no valor de 5 mil reais. Quatro dias depois, por volta das 20h do dia 18/01/2008, o corpo de Pedro Ronaldo foi localizado na estrada do CEASA, em um terreno próximo a um campo de pesquisa da Embrapa. O laudo indicou que a morte foi por traumatismo craniano, causado por 10 pancadas na cabeça.
Cristiane Ramos, com quem a vítima mantinha relacionamento extraconjugal, falou com a vítima minutos antes dele entrar no banco, sendo informada por ele sobre a indenização trabalhista que iria receber. Algumas horas depois, Cristiane voltou a ligar, mas foi atendida por outra pessoa, que se identificou como Kiko, que alegou que Pedro Ronaldo tinha saído e esquecido o fone.
A polícia suspeitou de Maria Helena, viúva da vítima, porque familiares da vítima consideraram o comportamento da mulher estranho, assim como desconfiaram de um amigo da vitima, Alex Moura, que frequentava a casa do casal. Conforme informações dos familiares da vítima. Aléx Moura mantinha relacionamento extraconjugal com Maria Helena e quando a vitima saia para trabalhar o amante se mudava para a casa da vítima.
Outro comportamento suspeito da mulher e do amante foi o fato de, após o desaparecimento da vítima, ambos viajaram para o Maranhão. A mulher nega o crime.
Alex Moura, também pronunciado para ser submetido a júri popular, por coautoria do crime de homicídio qualificado, teve o júri desmembrado, devendo ser julgado em outra sessão em data a ser marcada, a pedido da defesa do acusado.