Especialista ajudou a identificar e a superar bloqueios à negociação
Ampliar a capacidade do mediador ou conciliador para diagnosticar os bloqueios e impasses ao longo de uma negociação e ajudar as partes a chegar a um consenso. Esse foi o objetivo do workshop “Ferramentas para gerar movimento em direção ao consenso”, com o especialista Marcelo Girade, com apoio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), dirigido pela desembargadora Dahil Paraense, em parceria com a Câmara Paraense de Resolução de Conflitos.
O workshop foi realizado no último dia 12 e reuniu mediadores formados ou em formação e trabalhou as ferramentas derivadas de cinco grandes áreas estratégicas para ajudar mediadores a orientar as partes ao consenso em uma negociação. Cada área tem um conjunto de ferramentas que ajudam o mediador na sua tarefa e todas elas foram trabalhadas durante o workshop.
Marcelo Girade Correa é professor e palestrante, graduado stricto sensu pela Universidade Estatal de São Petersburgo, na Rússia, e mediador avançado certificado pelo Instituto de Certificação e Formação de Mediadores Lusófonos (ICFML) e mediador da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE)
PARCERIAS
A desembargadora Dahil Paraense, coordenadora do Nupemec, disse que as parcerias firmadas em torno dos projetos de mediação e conciliação para acelerar a resolução de demandas no âmbito do Judiciário têm resultado exitoso, como demonstram as várias frentes de prestação de serviço disponibilizadas como oportunidades de autocomposição para a solução de conflitos.
Ela citou como exemplo o evento promovido na semana passada, pelo TJPA, para conciliar pendências envolvendo policiais militares, cujo percentual de conciliações alcançou 82% das demandas analisadas, beneficiando em torno de 400 militares cujas demandas foram analisadas, algumas delas em tramitação há cerca de 10 anos.
“A cada ação promovida e efetivada, o prazer de fazer e receber vai confirmando a premissa em que se baseou esse canal do Judiciário, a de que conciliar é a melhor solução, permitindo que todos façam alguma concessão para que, ao final, todos saiam ganhando”, disse a desembargadora.