O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) foi um dos órgãos participantes da ampla ação de cidadania que iniciou as atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. A ação ocorreu no último sábado, 3, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dr. José Márcio Ayres, no Tapanã, em Belém. Com o tema “Protagonismo Feminino nos Espaços de Decisão”, a ação objetivou principalmente chamar a atenção da sociedade para a atuação da figura feminina nos espaços de decisão, despertando na sociedade a necessidade de ocupar cargos importantes em toda a sociedade.
O TJPA participou da ação com o projeto “Judiciário na Escola: unindo esforços no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher”, parceria entre o TJPA, por meio da Coordenadoria Estadual de Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), e Secretaria do Estado de Educação (Seduc).
Participaram da programação representantes de 22 escolas dos bairros do Bengui, Tapanã e Parque Verde. No total, 1.500 pessoas foram atendidas. O público teve acesso à emissão de documentos, procedimentos estéticos, palestra, atendimento sobre variados tipos de violência contra a mulher, distribuição de material informativo, vacinação e testes rápidos para Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e outras patologias, além de atrações culturais.
“A informação é necessária para toda a prevenção e contribui para que a mulher tenha consciência de todos os seus direitos. E não só ela. Toda a sociedade em que ela está inserida precisa ter essa consciência. Quanto mais cedo as pessoas tiverem informação sobre essas questões, mais fácil mudar esse paradigma de violência para a cultura de paz”, destacou a juíza auxiliar da Cevid, Reijjane Oliveira.
Uma das atrações especiais do evento foi o personagem Epaminondas Gustavo, criado e interpretado pelo juiz criminal Claudio Rendeiro. Na ocasião, através de um talk show bem-humorado, Epaminondas Gustavo, junto com a juíza Reijjane Oliveira, esclareceram crianças, adolescentes e adultos sobre os direitos da mulher e sobre a Lei Maria da Penha.
“Acho interessante o personagem fazer esse trabalho, por dois motivos: primeiro que ele quebra a questão do preconceito e aproxima o Judiciário da população, uma vez que é um personagem feito por um juiz criminal. E o outro é pela arte, ou seja, pelo teatro. O humor é um instrumento de pedagogia incrível e que diz grandes verdades. Imagine um juiz de direito explicando para uma comunidade o que é violência patrimonial. Certamente a mensagem será dificultada pelos termos jurídicos. Já o Epaminondas, com a sua linguagem popular, consegue dar o recado”, ressaltou o juiz Claudio Rendeiro.