Evento solidário e ecológico atrai servidores de outras instituições
“Essa é uma ideia tão boa que outros órgãos públicos deveriam adotar, porque podemos preservar o meio ambiente e também ajudar outras pessoas”, observou a servidora do Ministério Público do Pará, Virgínia Brito, que participou pela primeira vez da Feira de Trocas Solidárias do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), depois de conhecer a iniciativa por meio de colegas do Poder Judiciário. Realizada na manhã desta sexta-feira, 17, no auditório do Fórum Criminal de Belém, a feirinha movimentou 1.448 ECO$, moeda criada exclusivamente para o evento.
A feira funciona com a avaliação dos objetos trazidos pelos magistrados, servidores e participantes e seus valores revertidos na moeda ecológica chamada ECO$, que dá direito à troca por outro objeto no dia da feira. O dinheiro oficial da feira é somente a moeda social “ECO$”. A moeda é reciclada. Os postos de troca funcionam na Biblioteca, no Núcleo Socioambiental e na Secretaria de Gestão de Pessoas do edifício sede.
O projeto tem como base o desenvolvimento sustentável solidário, no qual as pessoas podem se ajudar e contribuir para a preservação do meio ambiente. A funcionária terceirizada do Fórum Criminal, Silvana Barros, é uma fã apaixonada da leitura e aproveitou a oportunidade para trocar os ECO$ por obras de escritores clássicos, como o do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare e do filósofo alemão Friedrich Nietzche. “Eu estou achando o máximo, gostei da ideia. Às vezes, não temos condições de comprar um livro”, observou.
Os servidores estavam motivados também pela oportunidade de reencontrar outros colegas de trabalho. Coordenador de Saúde do TJPA, Manoel Christo explicou que, além de promover a integração entre as pessoas, a iniciativa é um viés de utilização da Economia Solidária, em que não há necessidade de recursos financeiros, mas somente a troca de algum objeto.
Nesta edição, a organização da feira registrou a movimentação de 1.448 ECO$ em trocas. No total, foram 262 itens convertidos por ECO$, sendo 79 CDs e DVDs, 75 livros, 41 bijuterias e bibelôs, 63 roupas e quatro pares de sapatos. As moedas sociais podem ser guardadas pelos servidores e reutilizadas nas próximas edições da feira.