Réu que estava foragido foi preso este ano no litoral catarinense
Jurados do 1º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Edmar da Silva Pereira, condenaram nesta quinta-feira, 05, Adriano Costa Pimentel, 23 anos, cabeleireiro, acusado de matar Everton de Sousa Santos, 26 anos. Por maioria dos votos os jurados acataram a acusação sustentada pelo promotor de justiça José Rui de Almeida Barbosa, rejeitando a tese do advogado Willian Aviz de Assis, que promoveu a defesa do réu, de negativa de autoria. A pena fixada ao réu de 16 anos e seis meses de reclusão será cumprida em regime inicial fechado, sendo mantida a prisão do condenado.
O também cabelereiro Derick Wallacy Nascimento Corrêa, 20 anos, foi também denunciado por participação no homicídio, mas, foi extinta sua punibilidade por ter morrido (em 2015, na Cidade de Castanhal).
Duas testemunhas arroladas pela promotoria de justiça compareceram ao júri e acusaram o réu de ter sido autor do disparo de arma de fogo que atingiu Everton Santos. Os depoentes relataram que a vítima estava na frente de sua residência conversando e tomando vinho com amigos quando foram surpreendidos por Adriano Pimentel, que estava na garupa da motocicleta de Derick Wallacy. Conforme os depoentes, Adriano foi quem efetuou os disparos em direção ao grupo, atingindo Everton.
Em interrogatório prestado, o cabelereiro negou ter cometido o crime e disse que Derick Nascimento Correa era sócio no salão, mas, que não conhecia a vida pessoal do sócio pois só tratavam de trabalho. Adriano disse que Derick tentou lhe falar “alguma coisa” sobre uma desavença que o sócio tinha com um dos jovens moradores da área.
Em sua auto-defesa o acusado declarou que não conhecia nenhuma das testemunhas e nem a vítima. A versão de Adriano é que no dia da morte da vítima trabalhou no salão por todo o dia, como de costume, e em seguida foi à escola onde estudava no período noturno.
Adriano contou que viajou logo após a morte de Everton Pimentel para Itajaí, Santa Catarina, onde mora sua irmã, por se sentir amedrontado quando soube que populares tinham invadido quebrado pertences da casa de Derick.
Preso em fevereiro deste ano num balneário catarinense, o réu disse que não tinha conhecimento do decreto de prisão contra ele. O cabelereiro disse ainda que estava estudando e trabalhava normalmente, possuindo Carteira Nacional de Habilitação e de reservista do Exército Brasileiro, expedidos no Estado Catarinense, sem ter informação alguma sobre o decreto de prisão, que ocorreu ao se envolver em acidente de transito em Camboriú/SC.