Jurados do 3º Tribunal do Júri de Belém, presidido pela juíza Ângela Alice Alves Tuma, condenaram nesta terça-feira, 18, Davi Alves Ferreira, de 20 anos, acusado de matar a companheira Ilany Lobato dos Santos, de 26 anos. Por maioria dos votos os jurados acataram a acusação sustentada pelo promotor Mário Raul Vicente Brasil de que o réu praticou homicídio qualificado. A pena foi fixada em 18 anos de reclusão para ser cumprida em regime inicial fechado, numa das penitenciárias da Região Metropolitana de Belém.
Parentes da vítima e um dos policiais que atendeu a ocorrência compareceram para depor e confirmaram as acusações contra Davi Ferreira. Ele matou a companheira queimada, após derramar gasolina na vítima e, em seguida, atear fogo. A mulher foi socorrida por paramédicos e levada para um hospital de emergência, mas morreu em decorrência das lesões, dois dias após o crime, deixando três crianças, à época, com sete, cinco e três anos de idade.
Em interrogatório, Davi Alves Ferreira alegou que não tinha intenção de matar sua mulher, com quem vivia há três anos. Ele disse que o incidente teria sido um acidente. O defensor público Rafael Sarges, que atuou em defesa do réu, sustentou a tese desclassificatória do crime, justificando que ele não teria sido intencional. Porém, a tese foi rejeitada pelos jurados, por maioria dos votos.
O crime foi cometido em 10 de agosto de 2015, na casa onde ambos moravam, na Passagem Maria dos Anjos, localizada no Bairro de Val-de-Cans, em Belém.