Jurados da 1ª Vara do Júri de Belém condenaram nesta quinta-feira, 12, Éder da Silva Santos, de 33 anos, pelo assassinato de sua ex-companheira, Denise Helena de Paula, de 37 anos. A pena aplicada ao réu foi de 21 anos de prisão e será cumprida em regime inicial fechado. Este é o quarto júri do mês relacionado a violência doméstica contra a mulher só na 1ª Vara. Os outros três processos envolviam tentativa de homicídio.
O crime cometido por Éder Santos aconteceu por volta das 04h do dia 9 de junho de 2013, nas proximidades da residência da irmã do réu, que abrigava o casal numa vila localizada no bairro da Cabanagem, em Belém. No dia do crime, o casal discutiu ao retornar de uma festa e Éder começou a agredir Denise. A vítima conseguiu se desvencilhar do agressor e correu para a rua para pedir ajuda, mas o réu a alcançou e continuou as agressões, que resultaram em sua morte. Após o crime, Éder fugiu pra a Ilha de Mosqueiro, onde foi capturado.
O único depoimento ouvido no júri foi do irmão da vítima, que não presenciou o crime, mas foi ver a irmã no hospital. Ele contou que Denise conseguiu passar quatro dias na UTI de um hospital público, mas acabou morrendo em decorrência das lesões que sofreu. As filhas da vítima que presenciaram parte do crime não puderam depor por terem chegado atrasadas.
No interrogatório prestado, o réu, mesmo tendo negado a autoria durante a instrução do processo, confessou o crime. Diante dos jurados, ele, aos prantos, alegou que a ex-companheira teria dito a ele que estava se relacionando com outra pessoa e, por ciúmes, desferiu dois golpes de faca nela. Éder também pediu perdão para os familiares da vítima e disse estar arrependido do que fez.
A versão antes apresentada pelo réu que negava a autoria do crime seria de que quando estava na rua com a mulher, ao retornarem de uma festa, teria aparecido um indivíduo, suposto namorado, que teria iniciado uma discussão com o casal e que estava armado de faca, tendo atingido a vítima e fugido do local. Ele alegou que tentou defender a mulher, mas como não conseguiu, ficou com medo e fugiu do local.
Já no 2º Tribunal do Júri, Lucas dos Santos Oliveira, de 28 anos, foi condenado por matar o prestador de serviços Eliel Maciel de Souza, de 28 anos. A pena aplicada foi de 21 anos de prisão e será cumprida em regime inicial fechado. No dia 13 de janeiro deste ano o réu supostamente efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima, que veio a óbito. Por maioria dos votos os jurados acolheram a acusação sustentada pelo promotor Antonio Lopes Maurício. Em defesa do acusado atuaram as advogadas Jéssica Silva e Letícia Jardim, que sustentaram a tese de negativa de autoria.
No interrogatório prestado o réu negou autoria do crime e alegou que na hora do delito estava em casa com a mulher e filhos. Entre as três testemunhas que prestaram declarações, uma delas foi Ana Paula Carvalho. A depoente, que anteriormente acusava o réu, procurou inocentá-lo hoje. Ela disse que foi forçada a prestar depoimento incriminando Lucas pelo policial que chegou ao local do crime. Os jurados, porém, não acreditaram no depoimento e votaram para que a testemunha seja indiciada por crime de perjúrio. A sessão no 2º Tribunal do Júri foi presidida pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa.