Exposição Belém dos Viajantes está aberta à visitação no Hall das Corregedorias
O olhar estrangeiro descortina o novo, o detalhe, o inusitado, aquilo que não é percebido por quem já se familiarizou com as paisagens, os costumes, o sotaque e o cotidiano de uma cidade ou país. Esta é a principal característica da exposição “Belém dos Viajantes”, organizada pela Biblioteca Arthur Vianna, da Fundação Cultural do Pará, para celebrar os 400 anos de Belém, e que foi reaberta à exposição pública para os 401 anos da cidade, celebrado nesta quarta-feira, 12, no Hall das Corregedorias, no prédio sede do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), na avenida Almirante Barroso, numa parceria com o Departamento de Documentação e Informação do TJPA, por meio da Biblioteca Desembargador Antônio Koury, e da Comissão do TJPA responsável pelas comemorações dos 400 anos de Belém.
A exposição revela as impressões e registros de viajantes célebres que passaram pela capital do Pará, no período entre os séculos XVII e XIX, quando Belém, na qualidade de porta de entrada da Amazônia, atraía a curiosidade de naturalistas, pesquisadores, humanistas, militares, religiosos, geógrafos e estudiosos de todos os matizes, cujos registros revelam o carinho pela cidade em textos literários e impressões cotidianas sobre o que viam, principalmente no período da colonização. Essas impressões compõem o acervo da Biblioteca Arthur Vianna, da Fundação Cultural do Pará (FCP), responsável pela exposição.
As impressões desses viajantes, registradas em painéis e lâminas, permitem aferir as transformações impulsionadas pelo crescimento da cidade ao longo dos séculos, numa pesquisa fundamentada nos livros do acervo da própria biblioteca pública.
A organização foi feita sob a supervisão dos historiadores da Biblioteca Arthur Vianna, Alan Lima e Luiza Amador, baseada em imagens, pinturas, cartas e outras formas literárias deixadas pelos visitantes e disponibilizadas ao público por meio de ilustrações e textos.
Entre as imagens destacam-se um desenho que mostra a vista da cidade a partir da Baía do Guajará e uma caravela próxima à orla; uma figura do século XVIII que mostra a Igreja das Mercês e uma visão aberta para a Baía do Guajará ao fundo e muitas embarcações.
No prédio sede do TJPA, a exposição fica até 20 de janeiro e depois segue para o Fórum Cível, na Cidade Velha, onde ficará à disposição do público entre 23 de janeiro e 20 de fevereiro.