Jurados da 3ª Vara do júri votaram, nesta terça-feira, 29, pela condenação de Willian Rabelo Pereira, 31 anos, autor de homicídio simples praticado contra a companheira Josiane Fernandes da Silva, 23 anos. Por maioria dos votos, os jurados acataram a tese acusatória sustentada pela promotora Rosana Cordovil, rejeitando a tese defensiva dos advogados Sandro Cunha Macedo e Israel Coêlho Souza, de homicídio culposo. A pena aplicada ao condenado, de 13 anos de reclusão, será em regime inicial fechado. Willian Pereira já cumpre pena por outro crime.
Entre as testemunhas ouvidas no júri, estava a vizinha da vítima, que ouviu um tiro e em seguida viu o réu deixando o local com a filha do casal no colo, tendo deixado a criança na casa de familiares. O exame de necropsia afastou a possibilidade de suicídio por não haver marcas de pólvora nas mãos da vítima. A arma usada no crime desapareceu e nunca foi encontrada.
A primeira versão, que Willian Pereira contou para a vizinha, foi de que sua mulher teria se suicidado. Aos familiares de Josiane da Silva, ele contou que tinha adquirido a arma para sua proteção, e que por isso estava municiada.
O réu disse que colocou a arma debaixo da cama, ao sair, lembrou do perigo, e por telefone pediu para a mulher guardar em outro local para não ser encontrada pela filha. Ao chegar em casa, foi pegar a arma onde Josiane da Silva teria guardado, caiu, e acidentalmente efetuou o disparo que atingiu o rosto de sua mulher.
O crime ocorreu por volta das 16h do dia 08/06/2009, na residência do casal, localizada na rua WE 8, bairro da Cabanagem, em Belém.