Audiência pública debaterá indenizações
Uma audiência pública hoje, em Barcarena, tentará chegar a um acordo para resolver parte dos problemas enfrentados pelos moradores prejudicados pelo naufrágio do navio de bandeira libanesa Haidar, em Vila do Conde, naquele município do Baixo Tocantins. O navio adernou em 6 de outubro de 2015, com uma carga de cinco mil bois vivos e 700 toneladas de combustíveis. Até hoje o navio está afundado no porto. De acordo com relatórios da Defesa Civil, cerca de sete mil pessoas foram prejudicadas de forma direta e indireta. Segundo o presidente do Instituto Barcarena Socioambiental (IBS), Paulo Feitosa, a listagem do Ministério Público Federal (MPE) relaciona 3,7 mil pessoas atingidas de forma direta.
A audiência pública está marcada para as 9h, na sede da Igreja da Assembleia de Deus da Vila dos Cabanos, na rua Lourenço Gomes, quadra 274, lote 18. A convocação foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) e pela Defensoria Pública da União (DPU) e do Estado (DPE), para discutir uma proposta de acordo com as empresas responsáveis pelo acidente, quanto à indenização dos moradores.
O naufrágio provocou danos ao meio ambiente e o MPF entrou com uma ação judicial, que tramita na 9ª Vara Federal em Belém, com pedido de indenizações de R$ 71 milhões. No caso dos danos aos moradores, as indenizações podem ser resolvidas em acordo, sendo, portanto, este o tema da audiência pública. Estão sendo feitas também negociações com a Companhia Docas do Pará (CDP), responsável pelo porto, e a Global Norte Trade e Minerva, responsáveis pela operação portuária e pelos bois, para que sejam pagos os danos sociais de caráter coletivo.