Nenhuma das vitimas compareceu para depor
Jurados do 2º Tribunal do júri de Belém votaram pela absolvição de Patrese Ramon Souza Mata, 23 anos; Kallfmann Ferreira dos Santos, 30 anos; e Antonio Edson Alves Aramaral, 28 anos. Eles são acusados de participação na tentativa de homicídio praticado contra as vítimas Bruno Tiago Martins da Silva, Pablo Rodrigues e Heitor Nunes. O promotor de justiça Edson Souza não sustentou a acusação por falta de provas e o defensor público Alex Noronha requereu a absolvição por negativa de autoria .
A tentativa de homicídio ocorreu no dia 27 de dezembro de 2013, por volta das 16h, em frente à residência de Bruno Martins da Silva, na Avenida Roberto Camelier, bairro Jurunas. Conforme a acusação, a ação criminosa teria sido ordenada de dentro da cadeia por Patrese Mata, tendo como alvo Laio Benedito, conhecido por Preto, irmão de Bruno, que estaria se relacionando com a ex-namorada de Patrese, Wariane Weyne Veiga Cardoso.
Nenhuma das vitimas compareceu para depor no júri. Durante interrogatório, Patrese Mata negou ter sido mandante da ação e confirmou que conheceu Kallfmann e Antonio Edson na cadeia, onde cumpriam prisão por outros crimes, entre eles roubo. O suposto mandante alegou que quando aconteceu o crime, ele já tinha reatado o relacionamento com a ex-companheira e mãe de seu filho.
Nos interrogatórios prestados por Kallfmann dos Santos e Antonio Edson, eles confessaram que, armados, efetuaram disparos contra as vítimas. Eles alegaram, porém, que não pretendiam matar ninguém, mas, “apenas dar um susto”, e que o alvo não seria nenhuma das vítimas, mas o irmão de um deles.
Kallfmann e Antonio Edson afirmaram nos interrogatórios que Patrese não teria nada a ver com a ação, mas, sabiam que se tratava de uma pessoa que estava com a ex-namorada de Patrese.
Também foi acusado pelo crime Ives Wagner dos Santos Machado, o Nani, 31 anos, que está foragido. Mesmo com os disparos, as vítimas escaparam ilesas. O júri foi presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa.