Jurados absolveram um dos réus do duplo homicídio
Jurados do 2º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, condenam por homicídio simples Jefferson Silva Costa, conhecido por Pezão, pela morte de Wellington Robson Franco Gonçalves, e o absolvem da acusação de homicídio em relação à vítima Max Marcos Miranda Almeida, 36 anos. A pena fixada ao condenado de 20 anos de prisão será cumprida em regime inicial fechado. Também julgado, foi absolvido, na mesma sessão, por negativa de participação no duplo homicídio, Alexandre Mateus Ferreira dos Santos, 20 anos, conhecido por Frita Peixe.
Alexandre Mateus Ferreira dos Santos ou Frita Peixe e Jefferson Silva Costa dos Santos ou Pezão foram acusados de participação em duplo homicídio qualificado que vitimou os cabos da Policia Militar Marcos Miranda Almeida, 41 anos, e Wellington Robson Gonçalves, 36 anos. Os policiais foram mortos por volta das 19h do dia 17/01/2014, crime ocorrido na passagem “Beco do Relógio”, no bairro do Jurunas, em Belém.
De um lado atuou o promotor de justiça Edson Souza, que sustentou a acusação em relação ao réu Alexandre Mateus. Em relação ao segundo acusado, Pezão, o promotor requereu a absolvição por insuficiência de provas. Os advogados assistentes de acusação Karen Nascimento, Lucas Prado e Mailô Andrade sustentaram a acusação em relação a Jefferson e em relação a Alexandre sustentaram a acusação mas em menor participação.
A defesa de Alexandre Frita, Peixe, foi promovida pelo defensor público Alex Noronha, que requereu aos jurados a absolvição do réu por negativa de autoria do duplo homicídio qualificado. O segundo acusado Jefferson Silva Costa, Pezão, foi promovida pelo advogado Raimundo Cavalcante.
Consta da acusação que os policiais foram ao Beco do Relógio, localizado no Bairro do Jurunas, na tentativa de reaver uma bicicleta, um relógio e um aparelho de telefone celular, roubados durante assalto que vitimou o filho de Wellington Gonçalves. Conforme testemunhas os milicianos foram recebidos a tiros de revólveres calibres 38 disparados pelos réus. Um terceiro participante, conhecido por Bolota, foi morto numa troca de tiros com a Polícia.
Prestaram depoimentos quatro pessoas, entre elas um delegado e um investigador. A mulher e filho da PM Wellington também foram ouvidas pelos jurados. O jovem relatou sobre o assalto que sofreu e que pediu ao pai policial para recuperar seus pertences, pois havia reconhecido um dos réus no assalto. O PM acompanhado do cunhado também policial militar foram numa moto até o Beco do Relógio, sendo recebidos a bala.
Nos interrogatórios prestados diante dos jurados, os réus negaram participação no duplo homicídio, mas, admitiram praticar assaltos, conforme registros na justiça. Cada réu foi ouvido individualmente. O primeiro interrogado foi Jefferson Costa, Pezão, que alegou inocência no homicídio e que não estaria no local, admitindo a participação no assalto. Alexandre Ferreira, o Frita Peixe, afirmou que Pezão efetuou os disparos nos policiais e confirmou ter participado no assalto. O terceiro denunciado, conhecido por Bolota, morreu três dias após, em consequência da troca de tiros com policiais da Rotan.